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25.11.08

Nossa Senhora dos Milagres de Caacupé


08 de setembro (Festa Mariana)


(Nossa Senhora dos Milagres de Caacupé ou Virgem Azul do Paraguai - Imagem original)Maria sabe que só os olhos do Pai vêem no segredo e ultrapassam a porta do coração de cada ser humano.Caacupé é uma palavra guaraní que significa "detrás dos montes" e nome da bela cidade da Cordilheira dos Altos, no Paraguai. Situada a cinqüenta e três quilômetros da capital Assunção, possuí uma das mais lindas paisagens do país e é considerada a Capital Espiritual da República, porque na sua Basílica se venera a Virgem de Caacupé, padroeira da nação. Segundo a tradição a cidade nasceu em torno desta devoção mariana. Consta que em 1600, um índio convertido pelos franciscanos, exímio escultor, vivia numa pequena aldeia próxima do povoado de Tabotí. Certo dia ele andava pelas montanhas quando foi capturado pelos temidos índios Mbayes, uma tribo ainda pagã. Mas conseguiu escapar e escondeu-se atrás de um gigantesco tronco. Nestes momentos de aflição e angústia, rezou com fervor à Virgem Imaculada para sair vivo dalí. Enquanto esperava prudentemente o tempo passar, esculpiu duas imagens da Virgem Maria: uma grande para colocar na igreja de Tabotí e uma menor para sua devoção pessoal. Durante a grande enchente do Lago Tapaicuá, em 1603, todo o vale de Pirayú foi inundado e a força das águas arrastou tudo por onde passava. Surpresos, os habitantes da pequena aldeia e o índio escultor trataram de retirar as crianças, os velhos e os mais fracos. Depois não conseguiram salvar mais nada, nem mesmo a pequena imagem de Nossa Senhora que viram ser levada pela correnteza. Quando as águas recuaram, eles pensaram em abandonar o local, pois as casas estavam quase destruídas. Entretanto desistiram ao constatar que a imagem da Santíssima Virgem milagrosamente voltara ao mesmo lugar. Os habitantes reconstruíram a aldeia e começaram a propagar o culto de Nossa Senhora dos Milagres. Outro índio, carpinteiro de profissão, construiu uma pequena capela onde a imagem milagrosa foi colocada no altar, e passou a ser cultuada com o nome de Nossa Senhora dos Milagres de Caacupé. Ao longo do tempo essa igreja sofreu várias reformas e ampliações, ganhou vários anexos e chegou à arquitetura do atual Santuário mariano. Nossa Senhora dos Milagres de Caacupé é venerada anualmente no dia 08 de setembro. A população lhe dedica uma gratidão tão grande que a padroeira é carinhosamente chamada de Virgem Azul do Paraguai. Não existe nenhum registro histórico sobre a imagem maior cultuada na igreja de Tabotí, talvez tenha sido levada e destruída pelos índios Mbayes, num dos saques que fizeram contra esse templo.A identidade e o paradeiro do índio cristão escultor permanecem incertos

24.11.08

Ave Maria de um protestante




Um garotinho protestante, de apenas 6 anos, ouvia sempre seus amiguinhos católicos rezar a Ave Maria. Ele gostou tanto da oração que a copiou para um papel e recitava-a todos os dias. "Olha, mãe, que oração linda!", disse o garotinho um dia a sua mãe."Nunca mais a repitas, meu filho!", respondeu a mãe. "Esta é uma oração supersticiosa dos católicos, que adoram ídolos e pensam que Maria é uma espécie de Deusa. Mas na verdade ela não passa de uma mulher como outra qualquer. Pega esta Bíblia e lê, nela encontramos tudo o que devemos e o que não devemos fazer". Daquele dia em diante, o garotinho parou suas Ave Marias diárias e dedicou-se mais à leitura da Bíblia. Um dia, quando lia o Evangelho, o garoto leu a passagem da Anunciação do Anjo a Nossa Senhora. Cheio de alegria, o garoto correu até sua mãe e disse: Mãe, eu encontrei a Avé Maria na Bíblia, aonde diz: 'Avè, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres'.(Lc 1, 28) Por que chamas-te a esta oração supersticiosa?
'Noutra ocasião ele encontrou a linda saudação de Santa Isabel à Virgem Maria e encontrou também o maravilhoso Cântico MAGNIFICAT, no qual Maria é profetizada: "Doravante todas as nações me chamarão bem-aventurada."(Luc. I,48). Ele não comentou mais estas passagens com sua mãe, mas voltou a recitar suas Ave Marias todos os dias, como fazia anteriormente. Ele sentia prazer em recitar aquelas fascinantes palavras para a Mãe de Jesus, Nosso Salvador. Aos 14 anos, ele ouviu os membros de sua família discutindo entre eles sobre Nossa Senhora. Todos eles diziam que Maria era uma mulher comum como qualquer outra. O garoto, depois de ouvir estas absurdas afirmações, não aguentou mais e com indignação interrompeu-os, dizendo: "Maria não é como qualquer filha de Adão, manchada pelo pecado. Não! O anjo chamou-a de Cheia de Graça e Bendita entre as mulheres. Maria é a Mãe de Jesus Cristo e, consequentemente , a Mãe de Deus. Não existe dignidade maior para com uma criatura. O Evangelho conta-nos que as gerações a chamarão abençoada/bem aventurada, e vocês desmerecendo-a e menosprezando-a? Seus espíritos não são os mesmos do Evangelho ou da Bíblia, que proclamam ser a fundação da Religião Cristã." A fala do garoto deixou uma impressão tão profunda, que conseguiu, por várias vezes, fazer sua mãe chorar de dor. "Ah, meu Deus! Tenho medo que este meu menino um dia se junte á religião católica, a religião dos Papas!".
E realmente não tardou muito, depois de um sério estudo sobre o Protestantismo e o Catolicismo, o garoto descobriu mais tarde a única e verdadeira religião, e abraçou-a e se tornou um de seus mais ardentes apóstolos. Algum tempo após sua conversão, ele encontrou-se com sua irmã casada que o censurou, dizendo: 'Tu sabes o quanto eu amo meus filhos. Se algum deles um dia desejar virar católico, eu preferirei perfurar o coração deles com um punhal do que permiti-los abraçar a religião dos Papas.' A fúria dela era tão profunda quanto a de São Paulo antes de sua conversão. De qualquer forma, ela iria mudar seu jeito, igual a São Paulo no caminho a Damasco. Então aconteceu que um dos filhos dela ficou muito doente, e os médicos já tinham perdido a esperança de recuperação. Aí o irmão chegou até ela, e conversou afetivamente, dizendo: "Minha querida irmã, naturalmente desejas que tua criança seja curada. Muito bem então, o que eu te pedir, faz! Segue-me, vamos rezar uma Ave Maria e prometer a Deus que, se tua criança recuperar a saúde, tu irás estudar seriamente a Doutrina Católica, e aí chegarás à conclusão de que o Catolicismo é a única e verdadeira religião, e não importa quão grande seja este sacrifício, mas então irás abraçar esta Fé. Sua irmã estava relutante no começo, mas como ela desejava a recuperação de seu filho, ela aceitou a proposta do irmão e rezou a Ave Maria com ele. No dia seguinte o filho dela estava completamente curado. A mãe cumpriu sua promessa e estudou a Doutrina Católica. E após uma longa preparação, ela recebeu o sacramento do Baptismo juntamente com o resto de seus familiares, e agradeceu a seu irmão por ter sido um apóstolo para ela. Essa história foi relatada num sermão feito pelo Rev. Fr. Tuckwell(Padre Tuckwell), que continuou o sermão dizendo: "
O tal garoto que virou Católico e converteu sua irmã e familiares ao catolicismo, passou a dedicar sua vida inteira para o serviço de Deus. Aquele garoto virou padre e está a falar com vocês neste exato momento!" O que eu sou, devo a Nossa Senhora. Vocês também meus caros fiéis, sejam totalmente dedicado à Nossa Senhora, e nunca esqueçam de todos os dias rezarem esta linda oração, a Ave Maria e o Terço. Peçam a Ela para iluminar as mentes protestantes que estão separadas da Igreja de Cristo, fundada na pedra/rocha(Pedro) , da qual as portas do inferno não prevalecerão contra ela ( Mt. XVI, 18).

16.11.08

Nossa Senhora dos Pampas


Nossa Senhora dos Pampas

16 de outubro


Maria manifesta sua poderosa proteção à todos os filhos que recorrem a ela com fé verdadeira em Jesus Cristo".Luís Maria Grignion de MontfortPrimeira escultura feita conforme o desenho original.
A devoção de Nossa Senhora dos Pampa surgiu a partir da Comunidade das Irmãs Carmelitas Descalças da Arquidiocese do Rosário, Argentina. Em 1986, com apoio do Bispo de Santa Rosa, fundaram um Carmelo na cidade. Desde o início colocaram o novo mosteiro sob a proteção da Virgem Maria. Mas as carmelitas desejavam imprimir-lhe uma devoção especial que expressasse a sua presença nessas terras desde as remotas origens raciais e históricas.Muitos são os relatos da milagrosa intercessão de Nossa Senhora, invocada por religiosos, leigos e índios convertidos nas mais diversas situações aflitivas no início da colonização. Inspiradas na vigorosa devoção à Mãe de Deus demonstrada através da fé popular à padroeira da nação surgiu o nome de Nossa Senhora de La Pampa. Agora seria necessário representar uma imagem de Maria que transmitisse este conteúdo e a inspiração artística deveria ser enviada por ela. Para isso, as carmelitas se mantiveram com o coração repleto de amor pelo humilde povo pampeiro e em constante oração contemplativa.Logo os sinais da Mãe foram se somando e finalmente uma das carmelitas desenhou uma imagem que, associada a um acontecimento histórico, deu a elas a certeza que fôra inspiração da própria Virgem. A imagem de Maria veste o rústico poncho habitual dos primitivos índios e gaúchos do local. E traz sob ele o Menino Jesus apertado junto ao seu peito. A cabeça esta envolta por um pequeno lenço de camponesa ao invés de ter uma coroa. De pé, sua atitude a revela uma caminhante, a primeira missionária da evangelização destas terras.Quanto ao episódio histórico que emocionou as carmelitas está ligado à Nossa Senhora de Luján, devoção do povo argentino. Em 1886 na vila de Luján o Padre Jorge Salvaire, encarregado da Capela da futura padroeira da nação, foi preso como espião pelos índios. Amarrado à um tronco aguardando a execução, o padre rezou à Virgem de Luján e prometeu que se sobrevivesse construiria um Santuário para ela. Nesse momento chegou o cacique da tribo vizinha e reconheceu o amigo sacerdote que para lhe salvar a vida, arriscou a própria. Num gesto nativo para indicar sua proteção, tirou seu poncho e cobriu o padre. Os índios logo libertaram o padre, que no ano seguinte deu início ao projeto do belo Santuário de Nossa Senhora de Luján.A exemplo do gesto do poncho, onde a Virgem Maria manifestou sua poderosa proteção aos filhos que recorrem a ela com fé em Cristo, a imagem de Nossa Senhora de La Pampa transmite que a Mãe abraça todos os filhos sem distinção e em todas as horas e os protege com seu poncho materno, desde o despertar da raça indígena até os dias de hoje.As carmelitas receberam a primeira imagem de cerâmica de Nossa Senhora de La Pampa em 1989. Cinco anos depois recebeu o nome de Santa Maria da La Pampa. Em 1995 uma imagem dessa devoção foi entronizada no salão de entrada do edifício da Legislatura Provincial, indicando a permanente proteção e interseção de Maria em favor do povo.No dia 16 de outubro de 1998, com autorização do Vaticano o bispo de Santa Rosa, entronizou a imagem de Nossa Senhora de La Pampa na Catedral.

NOSSA SENHORA DA ALMUDENA


Padroeira de Madri - Espanha


Como se sabe, a bela capital espanhola é antiquíssima. Roma ainda nem fora fundada e Madri já se orgulhava de sua antigüidade. Foi ela uma das primeiras vilas da Península Ibérica a se cristianizar. Reza a tradição, São Tiago aí pregou o evangelho, construindo um pequeno templo, com a ajuda de seus discípulos, dedicado à Maria Santíssima, onde teria deixado uma imagem de Nossa Senhora esculpida em madeira. A perseguição romana levou a Igreja local a possuir muitos mártires. Os invasores godos, contudo, após vencerem os romanos, abraçaram a fé cristã e uma outra igreja foi construída no lugar da primitiva capela de São Tiago.
O conde D. Julián, cujo nome permanece execrado nos anais da história espanhola como traidor, facilitou a entrada dos árabes do norte da África na península.
Transcorria o ano 714 e os invasores se aproximavam da capital. O povo cristão, desesperado, reuniu-se em torno da Virgem para suplicarem auxílio. Entretanto, a vila não dispunha de recursos suficientes para resistir. Surge, então, um problema: o que se faria com a tão venerada imagem para preservá-la da destruição? Decidiram escondê-la num vão da muralha da cidade. Confiantes de que poderiam resgatá-la mais tarde, assim fizeram.
Os vitoriosos, certos de que permaneceriam para sempre na vila, transformaram a capela em mesquita. Trezentos e sessenta e nove anos depois, D. Alfonso VI, rei de Castela, auxiliado pelo célebre D. Rodrigo Díaz de Bivar, El Cid Campeador, derrotou os mouros em Toledo, tornando viável a reconquista de Madri, o que aconteceu pouco depois.
Dessa forma, em 1083, a antiga igreja foi reconsagrada e novamente dedicada à Virgem. Os habitantes ainda se recordavam, meio vagamente, de que uma imagem da Virgem ficara escondida na muralha por ocasião da conquista da vila. O próprio Rei se dispôs a achá-la. Por um pregão, ordenou que toda a população, por meio de jejuns, orações e penitências, suplicassem à Nossa Senhora que se dignasse mostrar o lugar onde fora guardada a sua escultura. No dia 9 de novembro de 1083, nono dia, os citadinos em massa dirigiram-se em procissão até a igreja. Em meio à nobreza, eclesiásticos e cavaleiros, destacava-se El Cid, herói nacional, vencedor de sete reis mouros.
Após a celebração da missa, o cortejo começou a percorrer a vila, em piedosa investigação. Mas ninguém encontrou nada. O desânimo tomou conta de todos.
Mas a tristeza não duraria muito tempo. Durante essa mesma noite, a muralha partiu-se, deixando aparecer em um nicho a milagrosa imagem, tão bem conservada como se tivesse sido ali depositada na noite anterior. E ainda puderam ser acesas as velas que ali tinham sido colocadas há quase quatro séculos. Foi feita uma nova procissão, ainda mais solene, que conduziu a Virgem ao seu antigo altar.
D. Alfonso VI quis que ela passasse a se chamar Santa Maria la Real de la Almudena, por haver permanecido tantos séculos escondida em um local da muralha perto do almudin (mercado ou armazém) que os mouros ali haviam instalado. A Santíssima Virgem foi ainda proclamada Padroeira de Madri.
Pouco depois da morte de Alfonso VI, Madri foi mais uma vez atacada pelos mouros, comandados por Alí-Aben-jucet. Mais uma vez a cidade estava despreparada para a defesa. Alí Jucet determinou manter o cerco à cidade, até que a fome obrigasse o povo a se render. Os sitiados recorreram à Virgem, que os atendeu. Uma peste terrível assolou o campo inimigo. Os que não foram atingidos pela peste foram obrigados a fugir desesperados.

13.11.08

No Magníficat Maria celebra a obra admirável de Deus


Catequese de João Paulo II (6-XI-96)


1. Maria, inspirando-se na tradição do Antigo Testamento, celera com o cântico do Magníficat as maravilhas que Deus realizou nela. Esse cântico é a resposta da Virgem ao mistério da Anunciação: o anjo convidou-a a alegrar-se; agora Maria expressa o júbilo de seu espírito em Deus, seu salvador. Sua alegria nasce de ter experimentado pessoalmente o olhar benévolo que Deus dirigiu a ela, criatura pobre e sem influência na história.
Com a expressão Magníficat, versão latina de uma palavra grega que tinha o mesmo significado, é celebrada a grandeza de Deus, que com o anúncio do anjo revela sua onipotência, sueperando as expectativas e as esperanças do povo da aliança e inclusive os mais nobres desejos da alma humana.
Frente ao Senhor, potente e misericordioso, Maria manifesta o sentimento de sua pequenez: "Minha alma proclama a grandeza do Senhor; alegra meu espírito em Deus, meu salvador, porque olhou para a humilhação de sua escrava" (Lc 1,46-48). Provavelmene, o termo grego tapeinosis foi tirado do cântico de Ana, a mãe de Samuel. Com ele indicam a "humilhação" e a "miséria" de uma mulher estéril (cf. 1 S 1,11), que encomenda sua pena ao Senhor. Com uma expressão semelhante, Maria apresenta sua situação de pobreza e a consciência de sua pequenez perante Deus que, com decisão gratuita, colocou seu olhar sobre ela, jovem humilde de Nazaré, chamando-a a converter-se na mãe do Messias.
2. As palavras "de agora em diante todas as nações me chamarão bem-aventurada" (Lc 1,48), têm como ponto de partida a felicitação de Isabel, que foi a primeira a proclamar a Maria "bendita" (Lc 1,45). O cântico, com certa audácia, prediz que essa proclamação irá se estendendo e ampliando com um dinamismo incontido. Ao mesmo tempo, testemunha a veneração especial que a comunidade cristã sentiu pela Mãe de Jesus desde o século I. O Magníficat constitui a primícia das diversas expressões de culto, transmitidas de geração em geração, com as quais a Igreja manifesta seu amor à Virgem de Nazaré.
3. "O Poderoso fez em mim maravilhas; seu nome é santo e sua misericórdia chega aos fiéis de geração em geração" (Lc 1,49-50).
O que são essas "maravilhas" realizadas em Maria pelo Poderoso? A expressão aparece no Antigo Testamento para indicar a libertação do povo de Israel do Egito ou da Babilônia. No Magníficat refere-se ao acontecimento misterioso da concepção virginal de Jesus, acaecido em Nazaré depois do anúncio do anjo.
No Magníficat, cântico verdadeiramente teológico porque revela a experiência do rostro de Deus feita por Maria, Deus não só é o Poderoso, a quem nada é impossível, como havia declarado Gabriel (cf. Lc 1,37), mas também o Misericordioso, capaz de ternura e fidelidade para com todo ser humano.
4. "Ele faz proezas com seu braço; dispersa os soberbos de coração; derruba do trono os poderosos e enaltece os humildes; os famintos os sacias de bens e despede os ricos de mãos vazias" (Lc 1,51-53).
Com sua leitura sapiencial da história, Maria nos leva a descobrir os critérios da misteriosa ação de Deus. O Senhor, confundindo os critérios do mundo, vem em auxílio dos pobres e pequenos, em detrimento dos ricos e dos poderosos, e, de modo surpreendente, enche de bens os humildes, que lhe encomendam sua existência (cf. Redemptoris Mater, 37).
Estas palavras do cântico, ao mesmo tempo em que nos mostram em Maria um modelo concreto e sublime, nos ajudam a compreender que o que atrai a benevolência de Deus é sobretudo a humildade de coração.
5. Por último, o cântico exalta o cumprimento das promessas e a fidelidade de Deus com o seu povo escolhido: "Auxilia a Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, como havia prometido a nossos pais, em favor de Abraão e sua descendência para sempre" (Lc 1,54-55).
Maria, cheia de dons divinos, não se detém a contemplar seu caso pessoal, mas compreende que esses dons são uma manifestação da misericórdia de Deus a todo seu povo. Nela Deus cumpre suas promessas com uma fidelidade e generosidade abundantes.
O Magníficat, inspirado no Antigo Testamento e na espiritualidade da filha de Sião, ssupera os textos proféticos que estão ems ua origem, revelando na "cheia de graça" o início de uma intervenção divina que vai além das esperanças messiânicas de Israel: o mistério santo da Encarnação do Verbo.

11.11.08

Nossa Senhora da Antártica


05 de agosto (Festa Mariana)


Seguindo as pegadas da Virgem Maria, avançamos na peregrinação da fé, pois a Mãe nos leva fielmente à união com o seu Filho até à Cruz da salvação.
Os antigos gregos estudavam a possibilidade do nosso planeta ser redondo e chamavam o continente sul de "Anti-Arkitos". Mas a idéia desse formato do mundo ficou esquecida até a Idade Média, ganhando força durante as descobertas das grandes rotas marítimas, descortinando todos os continentes existentes na Terra.O navegador português Fernão de Magalhães, em 1520, foi o que mais se aproximou da "terra australis", como era chamado o continente antártico, cujas condições climáticas são totalmente desfavoráveis ao convívio humano. Magalhães descobriu o estreito que liga o oceano atlântico ao pacífico e avistou a Terra do Fogo, no extremo da América do Sul.A partir de 1820, começou a exploração da região Antártica e das ilhas próximas, com a expedição russa do navio Vostok. Passados dez anos as informações davam conta da possível existência de um continente. Isso foi confirmado com a circunavegação feita pelo navio inglês Tula, em 1831.Entre 1898 e 1889, o jovem oficial belga Andriano de Gerlache e sua equipe foram os primeiros a estudar essa região. A bordo do navio Bélgica realizaram a primeira invernagem na Península Antártica.A expedição de Gerlache construiu a Estação científica da Polônia, que fez a primeira observação meteorológica completa na Antártica. Por isso Henrique Arctowski se tornou pioneiro no estudo do clima antártico. Depois, junto com o capelão construíram uma pequena capela interna, dedicada à Nossa Senhora das Neves, protetora da equipe.Desse modo a invocação à Nossa Senhora da Antártica se propagou entre os residentes desses centros de pesquisas e alcançou os países de suas famílias, parentes e amigos.Os americanos implantaram a Estação MacMurdo, um dos pontos mais avançados de pesquisa científica da NASA. Para homenagear os primeiros desbravadores pioneiros mortos eles construíram dois monumentos. À sua frente ergueram um pequeno mirante com uma grande cruz de madeira, chamado Cruz de Vicente, indicando o local exato da morte do primerio navegador. Mais adiante ergueram o Oratório de Nossa Senhora da Antártica, onde foi colocada uma imagem de Santa Maria das Neves.O Tratado Antártico, assinado em 1958, determinou o continente patrimônio internacional para pesquisas. Porém só em 1982 houve permissão para a entrada limitada de navios com turistas. O Oratório, considerado o mais longínquo templo de Nossa Senhora existente do nosso planeta, é o local mais solicitado pelos turistas cristãos, especialmente os devotos marianos, que visitam anualmente esse santuário ecológico.

9.11.08

Nossa Senhora de La Salete




SALETTE


Em meados de setembro de 1846, um camponês de Ablandins, Pedro Selme, está com o pastor adoentado. Desce a Corps, até a casa de seu amigo, o carroceiro Giraud:-"Empresta-me teu Maximino por alguns dias..."-"Maximino pastor? Ele irresponsável demais para tanto !..." Conversa vai, conversa vem..., a 14 de setembro o garoto Maximino vai a Ablandins.No dia 17 percebe a presença de Melânia na aldeia. No dia 18 vão pastorear seus rebanhos nos terrenos de Comuna, no monte Planeau. À tarde, Maximino procurava entabular uma conversa. Melânia não se mostra interessada. Descobrem, no entanto, um ponto comum: os dois são de Corps. Conversam então, e decidem voltar a pastorear juntos no dia seguinte e no mesmo lugar.NAS MONTANHASNo sábado, 19 de setembro de 1846, bem cedo, as duas crianças sobem as ladeiras do monte Planeau, cada uma tocando seu rebanho de quatro vacas, sendo que Maximino tinha também uma cabra e o cachorrinho Lulu. O sol resplandecia sobre as pastagens... Ao meio dia, no fundo do vale, o sino da Igreja da aldeia toca a hora do Angelus. Os pastores então conduzem as vacas até a "fonte dos animais", uma poça d'água formada pelo regato que desce pelo vale do Sézia. A seguir, conduzem os rebanhos à pradaria chamada "Le Chomoir", nas encostas do Monte Gargas. Faz calor e os animais se põem a ruminar.Maximino e Melânia tornam a subir pelo vale até a "fonte dos homens". Junto à fonte, tomam uma frugal refeição: pão e um pedaço de queijo. Outros meninos pastores, que pastoreiam mais abaixo, juntam-se aos dois e passam a conversar. Depois que eles partiram, Maximino e Melânia atravessam o regato e descem alguns passos até os dois assentos de pedras empilhadas, junto a poça seca de uma fonte sem água: e a "pequena fonte". Melânia deposita a mochila no chão, e Maximino põe a jaqueta e a merenda sobre a pedra. A LINDA SENHORAA linda Senhora põe-se de pé. Os dois não se mexiam. Ela lhe diz, em francês:- Vinde, meus filhos, não tenhais medo, aqui estou para vos contar uma grande novidade!Então, as crianças descem até a Bela Senhora.Olham-na. Ela não para de chorar:- "Achávamos que era uma mamãe cujos filhos a tivessem espancado e que se teria refugiado na montanha para chorar". A Bela Senhora é alta e toda de luz. Veste-se como as mulheres da região: vestido longo, um grande avental, lenço cruzado e amarrado as costas, touca de camponesa. Rosas coroam sua cabeça, ladeiam o lenço e ornam seu calçado. Em sua fronte a luz brilha como um diadema. Sobre os ombros carrega uma pesada corrente. Uma corrente mais leve prende sobre o peito um crucifixo resplandecente, com um martelo de um lado, e de outro uma torques. AS PALAVRAS DA VIRGEMA Bela Senhora fala aos dois pastores:- " Ela chorou durante todo o tempo em que nos falou". Junto ou separadamente, as duas crianças repetem as mesmas palavras, com ligeiras variantes que não afetam o sentido. Não importa quais sejam seus interlocutores: peregrinos ou simples curiosos, notáveis ou eclesiásticos, pesquisadores ou jornalistas. Quer sejam favoráveis, sem prevenção ou malévolos, eis o que lhes é transmitido:Vinde, meus filhos, não tenhais medo, aqui estou para vos contar uma grande novidade! "Nós a ouvimos, não pensávamos em mais nada". Como Maximino e Melânia, deixemos que ressoe em nós também o que ela falou no alto da montanha. Com eles, ouçamos a Bela Senhora, contemplando o Crucifixo resplandente de glória sobre seu peito. Se meu povo não quer submeter-se, sou forçada a deixar cair o braço de meu Filho. E tão forte e tão pesado que não o posso mais suster.Há quanto tempo sofro por vós! Dei-vos seis dias para trabalhar, reservei-me o sétimo, e não mo querem conceder! É isso que torna tão pesado o braço de meu Filho E também os carroceiros não sabem jurar sem usar o nome de meu Filho.São essas as duas coisas que tornam tão pesado o braço de meu Filho. Se a colheita se estraga, e só por vossa causa, Eu vo-lo mostrei no ano passado com as batatinhas: e vós nem fizestes caso! Ao contrário, quando encontráveis batatinhas estragadas, juráveis usando o nome de meu Filho. Elas continuarão assim, e neste ano, para o Natal, não haverá mais. A palavra "batatinhas" (em francês: 'pommes de terre'), deixa Melania intrigada. No dialeto da região, se diz "la truffa". E a palavra 'pommes' lembra-lhe o fruto da macieira. Ela se volta então para Maximino, para lhe pedir uma explicação. A Senhora porém, adianta-se dizendo:Não compreendeis, meus filhos? Vou dize-lo de outro modo. Retomando pois, as últimas frases no dialeto de Corps, língua falada correntemente por Maximino e Melânia, a Bela Senhora prossegue sempre no dialeto: Se tiverdes trigo, não se deve semeá-lo. Todo o que semeardes será devorado pelos insetos, e o que produzir se transformará em pó ao ser malhado. Virá grande fome. Antes que a fome chegue, as crianças menores de sete anos serão acometidas de tremor e morrerão entre as mãos das pessoas que as carregarem, Os outros farão penitência pela fome. As nozes caruncharão, as uvas apodrecerão. De repente, a Bela Senhora continua a falar, mas somente Maximino a entende. Melânia percebe seus lábios se moverem, mas nada entende. Alguns instantes depois, Melânia por sua vez, pode ouvir, enquanto Maximino, que nada mais entende, faz girar o chapéu na ponta do cajado ou, com a outra, brinca com pedrinhas no chão. - "Mas nenhuma sequer tocou os pés da Bela Senhora!", escusar-se-ia alguns dias mais tarde.- "Ela me disse alguma coisa ao me dizer: Tu não dirás nem isso. Depois, não compreendia mais nada, e durante esse tempo, eu brincava".Assim a Bela Senhora falou em segredo a Maximino e depois a Melânia. E novamente, os dois em conjunto ouvem as seguintes palavras: Se se converterem, as pedras e rochedos se transformarão em montões de trigo, e as batatinhas serão semeadas nos roçados.Fazeis bem vossa oração, meus filhos? "Não muito Senhora", respondem as crianças.Ah! Meus filhos, é preciso faze-la bem, à noite e de manhã, dizendo ao menos um Pai Nosso e uma Ave Maria quando não puderdes rezar mais. Quando puderdes rezar mais, dizei mais.Durante o verão, só algumas mulheres mais idosas vão à Missa. Os outros trabalham no domingo, durante todo o verão. Durante o inverno, quanto não sabem o que fazer, vão a Missa zombar da religião. Durante a Quaresma vão ao açougue como cães.Nunca viste trigo estragado, meus filhos? "Não Senhora" , responderam eles. Então Ela se dirige a Maximo: Mas tu, meu filho, tu deves tê-lo visto uma vez, perto do Coin, com teu pai. O dono da roça disse a teu pai que fosse ver seu trigo estragado. Ambos fostes até lá. Ele tomou duas ou três espigas entre as mãos, esfregou-as e tudo caiu em pó. Ao voltardes, quando estáveis a meia hora de Corps, teu pai te deu um pedaço de pão dizendo-te: "Toma, meu filho, come pão neste ano ainda, pois não sei quem dele comerá no ano próximo, se o trigo continuar assim". Maximino responde:-"É verdade, Senhora, agora lembro. Há pouco não lembrava mais". E a Bela Senhora conclui, não mais em dialeto, e sim em francês:Pois bem, meus filhos, transmitireis isso a todo o meu povo.

8.11.08

Nossa Senhora de Walsingham




No presente ano, em que se operou a conversão ao catolicismo da Duquesa de Kent e de muitas outras personalidades do Reino Unido - de diversos graus de notoriedade - bem como de grande número de anglicanos comuns, convém rezarmos a Nossa Senhora de Walsingham, pelo crescimento tanto numérico quanto em profundidade desse providencial movimento. Que Ela converta a Inglaterra à Igreja verdadeira, restaure o acendrado fervor religioso da época de Santo Agostinho da Cantuária e de seus heróicos companheiros.Com efeito, Walsingham é o principal título com que Nossa Senhora há cerca de mil anos vem aspergindo suas graças naquele reino, a partir do priorado agostiniano situado na região de mesmo nome, fundado em 1016. Localiza-se ele a poucos quilômetros do Mar do Norte, numa das renomadas campinas verdejantes e ajardinadas da Inglaterra, no território de Norfolk, cujos Duques constituíram uma grande estirpe que manteve a fidelidade a Roma, em meio à generalizada apostasia anglicana. Em 1016 já vivia Santo Eduardo o Confessor, e poucos anos antes havia reinado seu tio, Santo Eduardo o Mártir.Desde o início, os insignes favores concedidos por Nossa Senhora naquele santuário tornaram-no objeto de freqüentes peregrinações, que partiam de toda a Inglaterra e até do Continente europeu. Ainda no século atual é conhecido como Palmers’Way (Via dos Peregrinos) o principal caminho que conduz a Walsingham, através de Newmarket, Brandon e Fakenham. Muitas foram as dádivas de terras, prebendas e igrejas obsequiadas aos cônegos agostinianos de Walsingham, em virtude da grande devoção mariana arraigada na população britânica, e dos muitos milagres alcançados através das súplicas dirijas a Nossa Senhora de Walsingham. O Rei Henrique III para lá peregrinou em 1241; Eduardo I, em 1280e 1296; Eduardo 11, em 1315; e Henrique VI, em 1455.Eduardo I nutria grande devoção a Nossa Senhora de Walsingham. Atribuiu a Ela o fato de se ter salvo de um desastre. Certo dia, num intervalo entre suas ocupações, jogava xadrez, quando subitamente lhe veio a idéia de se levantar do assento, sem explicar por que lhe ocorria tal impulso.Um instante depois, grande pedra desprendeu-se da abóbada da sala onde estava o Rei e caiu sobre o lugar que acabava de deixar. Tal fato fez com que redobrasse o amor que votava à Virgem.Henrique VIII, em 1513, muito antes de sua apostas ia, chegou a peregrinar descalço a Walsingham. Em 1511, por exemplo, tal era o prestígio do santuário mariano que o ímpio humanista Erasmo de Rotterdam foi visitá-lo, partindo de Cambridge, em cumprimento de um voto. Terá sido um resíduo de fé nele existente ou uma jogada para prestigiar-se junto aos católicos ingleses? Qualquer que tenha sido a causa da peregrinação, não impediu que o humanista deixasse como oferenda a Nossa Senhora louvores escritos em versos gregos. Anos depois, num opúsculo, Erasmo comentou a riqueza e a magnificência de WalsinghamDe modo trágico (embora coerente com seus pérfidos princípios) a Revolução protestante não poupou o santuário: seus tesouros foram espoliados,destruiu-se o priorado, foi desmantelada a capela. Hoje, felizmente, está ela restaurada, conforme fotografia que apresentamos na capa deste Caderno Especial, atraindo um fluxo considerável de fiéis.Qual a origem dessa admirável devoção? Nossa Senhora apareceu à nobre Lady Richeldis de Sauvraches, mostrando-lhe misticamente a Santa Casa de Nazaré, para que, tomando-lhe as medidas exatas, edificasse uma igual em Walsingham. Como tem ocorrido em outros países e épocas, a vidente ofereceu certa resistência para acreditar em algo tão extraordinário, como seja uma inesperada incumbência vinda diretamente do Céu. Assim, Nossa Senhora teve que repetir o pedido em três ocasiões diferentes, a fim de que Richeldis pusesse mãos à obra. Seu filho, Geoffrey, e o sucessor deste, Richard de Clare, Duque de Gloucester, solicitaram e obtiveram que a Ordem de Santo Agostinho definitivamente cuidasse do culto da Santíssima Virgem, no lugar por Ela escolhido.Quando Lady Richeldis começou a construção da capela, observou certa manhã, com espanto, olhando para o prado, dois trechos planos do terreno misteriosamente não atingidos pelo orvalho. Aquelas duas partes correspondiam exatamente às dimensões da planta da Santa Casa de Nazaré, que Lady Richeldis havia medido durante sua visão.É digna de nota a semelhança do fato prodigioso presenciado por Lady Richeldis com a demarcação do terreno da Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, e mais ainda com o milagre do véu de Gedeão, relatado no Antigo Testamento.

7.11.08

Nossa Senhora das Neves




05 de agosto (Festa Mariana)(Nossa Senhora das Neves ou Santa Maria Maior)O que a humanidade não valoriza, Deus escolhe. Por isso, chamou uma mulher do povo, Maria.

A invocação de Nossa Senhora das Neves é uma das mais antigas da Igreja Católica romana. Conta a tradição vivia em Roma, o representante do imperador bizantino, com a esposa. Era um fidalgo riquíssimo, sem filhos, chamado João. O casal já não sabia mais como gastar toda sua fortuna. Por isso, decidiram construir obras primas para a Igreja. Mas não sabiam quais escolher.Na noite de 04 para 05 de agosto de 352, João sonhou que a Virgem Maria lhe pedia para construir uma igreja no local que estivesse coberto de neve ao amanhecer. Ele acordou, contou à esposa e ambos começaram a se questionar como seria possível nevar em pleno verão, em Roma.Nessa mesma noite a Mãe de Deus também apareceu em sonho ao Papa Libério e lhe disse que no raiar do dia, a neve estaria cobrindo o monte Esquilino, e alí ele deveria erguer uma igreja em sua honra. Pela manhã a notícia do monte coberto pela neve, apesar do verão, espalhou-se pela cidade. O Papa e João, por caminhos diferentes subiram a colina, seguidos pela multidão. No cume do Esquilino os dois se encontraram, conversaram e entenderam que estavam alí pelo mesmo motivo. O Papa então demarcou a área para a construção da igreja e João financiou todo o projeto da Igreja de Santa Maria da Neve.Na Antiguidade as colinas do Esquilino eram o deposito de lixo da cidade. Com o tempo o lugar se tornou um cemitério de escravos. Porém na época do Império Romano as colinas eram as preferidas pelos nobres para a construção de suas ricas vilas. Mesmo assim o povo não gostava do local. A construção da igreja deu nova vida à região.Em 431, o Concílio de Éfeso foi encerrado com a proclamação da "maternidade divina da Virgem Maria". O Papa Xisto III para comemorar essa verdade de fé quis construir uma grande igreja, bem "maior" que as outras. Decidiu que o local seria o mesmo indicado pela Mãe de Deus, ao então Papa Libério. Por isso, a velha igreja deu lugar ao monumento que é a basílica de Santa Maria Maior, adjetivo que dá conta da sua magnitude. A basílica guarda os primeiros e mais ricos mosaicos com a imagem de Nossa Senhora. De fato, é um dos maiores e mais belo santuário mariano de toda a cristandade.Porém, a antiga tradição propagou a invocação de Nossa Senhora das Neves celebrada em muitos lugares no dia 05 de agosto. Maior. Essa devoção também chegou ao Brasil, onde o culto é vigoroso especialmente na Bahia, em Pernambuco, no Espírito Santo e no Rio de Janeiro. Nossa Senhora das Neves é a Padroeira de João Pessoa, capital da Paraíba e de todos os alpinistas.

6.11.08

Nossa Senhora de Copacabana




05 de agosto (Festa Mariana)"




Inegavelmente, a alma de Maria foi a mais bela criada por Deus, e Sua maior obra depois da Encarnação do Verbo". João Paulo II.(Imagem original esculpida pelo índio Francisco Tito)
Copacabana é uma cidade histórica e religiosa da Bolívia, hoje capital da província Manco Capac. Durante a civilização Inca alí se cultuava o Sol, a Lua e outras divindades, honradas com sacrifício humano. A mais de três mil e oitocentos metros acima do nível do mar, é uma cidade fria, mas belíssima, encravada às margens do Lago Titicaca e rodeada pelas magníficas montanhas andinas da Cordilheira Real, fronteira com o Perú.O Lago Titicaca era um local sagrado, onde os antigos incas idolatravam o deus bondoso "Qopaqhawana", que quer dizer: "mirante do azul". Esculpido em pedra turquesa, o ídolo podia ser visto de longe. O nome se tornou Copacabana, a partir de 1538, com chegada dos conquistadores espanhóis dessa região. Os índios descentes dos Colas e dos Incas viviam em harmonia no local e sua religiosidade contribuiu no trabalho de catequização dos dominicanos que alí se instalaram. Em 1550, foi possível erguer um pequeno templo, dedicado à Santa Ana, mãe da Virgem Maria.Por sucessivos anos Copacabana sofreu com o clima, perdendo inúmeras colheitas os nativos decidiram colocar as lavouras sob a proteção de uma devoção católica, cuja imagem ocuparia o altar central da capela de Santa Ana. Os religiosos concordaram, porém as duas tribos se dividiram entre Nossa Senhora da Candelária e São Sebastião. O impasse acabou criando um ambiente de discórdia no povo, preocupando os padres, pois esse não é o fundamento do evangelho de Cristo.Até que o índio Francisco Tito Yupanqui, nascido entre 1540 e 1550 em Copacabana, descendente direto da casa real Inca, sonhou que colocara uma imagem da Virgem com as feições de uma índia no altar da capela, aprovada por todos os nativos. Intuiu ser um sinal da Providencia Divina para que ele esculpisse aquela imagem vista no sonho.Como não era bom escultor tentou modelar uma em argila, mas o resultado não foi aprovado. Então resolveu ir para Potosí aprender as técnicas do ofício e iniciou sua obra. Mas a sua Nossa Senhora toda modelada em pasta de maguey, foi reprovada porque os padres acharam que parecia com uma princesa inca. Insistente, seguiu para La Paz, atual capital do país, onde trabalhou na igreja de São Francisco como ajudante de pintor em troca da douração da sua obra. Assim finalmente a imagem ficou pronta.Um sacerdote dessa igreja testemunhou o "primeiro prodígio": viu uma luz atravessar a cúpula do templo e atingir a imagem mariana que adquiriu um resplendor divino. Ele contou ao cura de Copacabana que estava em La Paz e se interessou em conhecer a obra. Ao ver a imagem de Maria com os traços e as roupas indígenas, segurando com toda ternura o Menino nos braços, que parece lhe querer cair, mas a Mãe o sustenta com firmeza, foi tomado pela fé e abençoou o trabalho do índio Francisco Tito.Da capital boliviana a imagem de Nossa Senhora seguiu em procissão à igreja de Santa Ana em Copacabana levada pelo cura e o índio escultor. Fiéis se juntaram à eles até chegarem ao povoado em 02 de fevereiro de 1583. Como no sonho do índio Francisco Tito, o povo todo saiu à ruas feliz por receber a imagem que ocupou o altar principal da igreja.Desde então incontáveis graças e milagres foram alcançados pela poderosa intercessão de "Nossa Senhora de Copacabana", e esse culto se espalhou por todo o país. O templo atual desse Santuário foi erguido e consagrado à Virgem de Copacabana em 1805, e se tornou Basílica no final de 1940. O Papa Pio XI, em 1925, declarou e coroou Nossa Senhora de Copacabana, Padroeira e Rainha da Bolívia

2.11.08

Nossa Senhora da Boa Morte


15 de agosto(Festa Mariana)(Nossa Senhora da Boa Morte)

Dormição de Maria"


Maria é a primissa da glorificação do corpo e da alma, assegurada por Cristo no final dos tempos". Inácio Maria Calabuig
A devoção à Nossa Senhora da Boa Morte chegou aos cristãos do Ocidente, através da tradição cristã do Oriente, sob o título de "Dormição da Assunta". Talvez, esse seja o culto mariano mais antigo, iniciado logo nos primeiros séculos do cristianismo. A última metade do século V foi marcada pela propagação de uma literatura apócrifa, isto é, escrita na época dos fatos, mas não incluída na Bíblia, sobre a morte e assunção da Virgem; e a construção de uma Basílica para venerar o túmulo da Mãe de Deus, por ordem da imperatriz Eudóxia. Isso acabou provocando a mudança do conteúdo temático do culto de 15 de agosto, para a "Dormição da Assunta", já no início do século VI. Os escritos apócrifos revelavam que, a Virgem Maria teria entrado em "Dormição", isto é, entrado no sono da morte rodeada pelos apóstolos. O seu corpo imaculado foi levado por eles a um sepulcro novo no Getsêmani. Três dias depois, eles voltaram ao local e o encontraram vazio e com odor de flores. A Mãe fôra "Assunta", isto é, subira ao céu em corpo e alma. No século VII, o imperador Maurício prescreveu que essa festa mariana fosse celebrada em todos os seus domínios, como uma das mais importantes. E finalmente, o Papa Sérgio I a introduziu na liturgia de Roma. Desse modo, o culto "Dormição da Assunta" ou "Dormição da Mãe de Deus" alcançou toda a Igreja, do Oriente e do Ocidente. A Igreja do Oriente, se dedicou ao culto da devoção da Mãe de Deus, até por ser a mais primitiva. Muitas igrejas cobertas de ícones sagrados foram erguidas em todos as regiões, nesse período bizantino. Os lugares sagrados, marcados pelos acontecimentos da Revelação do Mistério de Deus, foram guardados dentro de magníficos templos cobertos de ícones. Os ícones não foram feitos para adornar o templo, são pinturas que representam os símbolos sagrados da Igreja e descrevem o Evangelho. Assim, uma grande profusão de ícones invadiu a Igreja do Ocidente, especialmente os da Mãe de Deus. A Virgem Santíssima, além de ser invocada e representada em "Dormição", foi chamada de "Assunta", como seu filho foi elevada ao céu, pelo mérito de Cristo, obtendo a Redenção corpórea. Venerar a Boa Morte de Nossa Senhora sempre foi uma grande festa, para os cristãos. Ela é a primissa da glorificação do corpo e da alma, assegurada por Cristo no final dos tempos. Antigamente o culto iniciava na véspera, com a deposição da imagem da Virgem "dormente", num esquife e ficava exposta à visita dos fiéis até a manhã da festa, quando era retirada e colocada a imagem triunfal de Nossa Senhora da Assunção. Em algumas localidades essa tradição se manteve, inclusive nas Américas que herdou o culto dos missionários espanhóis e portugueses. O dogma da Assunção de Maria só foi proclamado pelo Papa Pio XII em 1950, como conseqüência lógica de intensos estudos históricos e teológicos patrocinados pela Igreja ao longo desses séculos. Ele só fez coroar uma fé sempre professada universalmente por todo o Povo de Deus..

1.11.08

Nossa Senhora de Crea


05 de agosto (Festa Mariana)

(Nossa Senhora de Crea - Imagem original)"


É nos pés de Nossa Senhora que se encontram todas as alegrias, a esperança, as angústias e os sofrimentos de todos, indistintamente".Carlo Cavalla
A região italiana do Piemonte, localizada junto aos Alpes, divisa com a França, é uma das mais belas da Europa. Pois neste verdadeiro paraíso da natureza, no Monte de Crea, próximo de 350 depois de Cristo, Santo Eusébio, Bispo de Vercelli, mandou erguer uma capela em honra à Nossa Senhora. A intenção foi santificar o lugar, antes consagrado às divindades pagãs. Dez anos depois o próprio Santo trouxe do Oriente, onde esteve exilado, três estatuas da Virgem Maria. Uma mandou para a capela de Crea e as outras duas enviou à Oropa e Sardenha, sua terra natal. Estas informações foram retiradas nos seus manuscritos encontrados nos arquivos da diocese de Vercelli, datados do seu episcopado.A antiga estátua de Nossa Senhora de Crea, foi exposta à uma longa investigação cientifica durante sua restauração, concluída em 1981. Por isto, perdeu a cor negra original e poética do restrito grupo das "Nossas Senhoras Negras ou Morenas" a que pertence. A capela desta devoção, verdadeira relíquia da Igreja primitiva e o coração do Santuário de Crea, também teve de ser reconstruída, ao longo dos séculos.No início do segundo milênio se estabeleceram no convento de Crea os canônicos regulares de Asti. Em 1483, depois de uma breve permanência dos Servitas, foram sucedidos pelos monges Lateranenses. É à presença destes homens de grande cultura e sensibilidade artística, embasados na sólida formação religiosa ditada pela Ordem, que devemos o desenvolvimento do Santuário do Sagrado Monte de Crea, hoje rota obrigatória de todos os cristãos do mundo Oriental e Ocidental.Durante dezoito anos, desde 1801 a capela e o convento de Crea ficaram abandonados, após os sucessivos saques ocorridos durante sangrentas disputas militares. Passado este período, em 1820, a Santa Sé deu a guarda do Santuário à primorosa Ordem dos Frades Menores da observância. No dia 05 de agosto de 1890, quando o árduo trabalho de recuperação já era considerável, a venerada escultura de Nossa Senhora de Crea recebeu o manto de rainha e foi solenemente coroada, junto com o Menino Jesus que porta nos braços. Assim esta data foi oficializada para sua festa anual.Os franciscanos demoraram cento e setenta anos para o Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Monte de Crea recuperar ao seu primitivo esplendor a desempenhar a função de "Cidade do Espírito" proposta por seu fundador, Santo Eusébio de Verselli.Nos últimos tempos o local se tornou um importante centro de eventos marianos para o mundo cristão. Mas sempre contando com a crescente afluência de peregrinos e romeiros devotos de Maria. Em 1980 o governo italiano demarcou a área do Santuário como reserva ecológica, a qual foi doada ao Vaticano, para sua preservação. Desde 1992 este Santuário mariano está sob custódia dos sacerdotes da diocese de Casale Monferrato

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