Minha história de amor com Maria começou quando Deus, em seu imenso Amor, criou-me e colocou-me nos braços de Maria para que, como Mãe, cuidasse de mim. Ouso dizer que Maria decidiu-se por ser minha mãe e cuidar de mim. Demonstrou isso em vários fatos de minha vida.Logo que nasci mamãe consagrou-me a Nossa Senhora Aparecida. Fui batizada no dia da Imaculada Conceição (08/12).Passei um tempo numa igreja evangélica, mas lá não era o meu lugar. Voltei ao seio da verdadeira Igreja, onde fiz a Primeira Comunhão e recebi o Crisma. Costumava ir à missa todos os domingos, mas não dava o verdadeiro valor. Hoje, percebo que era indiferente a Deus; infelizmente, como muitos, era católica apenas pelo nome. Participei de vários encontros de jovens, mas não mudava muita coisa, continuava na indiferença. Até que Deus decidiu dar um basta nessa situação.No dia 29 de novembro de 1992, minha vida mudou radicalmente. Participei do primeiro encontro de jovens da RCC na minha paróquia, cuja padroeira é Nossa Senhora da Paz, e nesse dia houve a Efusão do Espírito Santo. Lembro que já na fila para receber a oração meu coração estava disparado. Rezaram por mim, foi muito simples, não aconteceu nada de extraordinário. Voltei ao meu lugar e, com o coração ainda disparado, fiquei rezando. Terminada a oração fomos para o intervalo do lanche.Enquanto saía, passando em frente ao sacrário, senti uma moleza e caí. Pensei que fosse o que eles haviam explicado como repouso no Espírito Santo, pois me sentia em paz; mal sabia que naquele momento Deus fazia uma grande cura em meu coração. Meu físico não resistiu, minha pressão subiu demais e tive de ir para o hospital.No carro, com meus pais, enquanto passávamos pela Igreja Matriz, vi uma Senhora muito bela ao meu lado, usando uma túnica cor de rosa, que me olhava com muito amor. Na hora, disse à minha mãe que tinha visto Maria e pedi que rezasse uma Ave-Maria comigo. Mesmo achando que eu estava ficando “louca”, mamãe rezou comigo e uma grande paz invadiu meu coração.Sentia necessidade de estar perto de Deus ou de coisas que me lembrassem dele. No corredor do hospital, mesmo debilitada, precisei dizer a um acidentado que ele era amado por Jesus. E que grande alegria poder dizer algo que eu havia experimentado! Aos poucos, minha pressão foi melhorando e voltei a tempo de coroar aquilo tudo com a Santa Missa. Até hoje não entendo direito o que aconteceu, mas sei que não preciso compreender o que Deus faz em minha vida, apenas colher os frutos, que são muitos. Fui envolvida por uma grande alegria, um profundo desejo de anunciar a todos o amor de Jesus. Engajei-me no grupo de jovens da paróquia, disposta a trabalhar para Deus.Depois disso, minha vida não foi mais a mesma. Já não era indiferente a Deus e às suas “coisas”. Pelas mãos de Maria, houve uma grande cura em meu coração.Após um certo tempo, ao preparar-me para pregar sobre o “Silêncio de Maria” em um encontro de jovens, relembrava essa experiência para testemunhá-la; questionei-me sobre qual Nossa Senhora seria aquela, estranhando o fato dela não estar com seu manto, como se vê nas imagens. Então, tive o entendimento de que estava sem o manto porque ele estava sobre mim. Eu estava, e continuo, sob os cuidados de Maria, sob seu manto.Como Mãe, sua presença foi sempre constante. Recebi de suas mãos muitas graças, dentre elas a Vocação Shalom.Outro momento muito importante foi minha consagração como fiel escrava de Maria (cf. S. Luís Maria Montfort) em 1999. Em uma formação pessoal, depois de uma experiência de oração com Maria, foi sugerido que eu me consagrasse a ela. Então, junto com alguns irmãos, em Salvador-BA, pelas mãos do Pe. Bruno, membro da Congregação Irmãos de São João, fui consagrada à Virgem Maria e ungida com o óleo da Porta do Céu. Foi um momento simples e único em minha vida. Formalizei algo que já era real em minha vida: a consagração a Maria.Hoje, no segundo ano do noviciado na Comunidade de Vida Shalom em Fortaleza, posso dizer que teria muito a testemunhar, pois foram muitos os presentes, graças, curas e até milagres recebidos por Maria. Muitas vezes na minha fraqueza, nas minhas dores corri para o seu colo de Mãe, meu lugar. Diante de tudo vivenciado com Maria, faço um questionamento: Quem é Maria para você? A minha resposta é: minha Mãe! Qual é a sua? Que você possa dizer comigo: Maria é, antes de tudo, minha Mãe!
Luciana Mariano da Silva
Luciana Mariano da Silva