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31.10.08

Nossa Senhora da Regra


8 de setembro (Festa Mariana)


(Nossa Senhora da Regra)Escultura original atribuída a Santo Agostinho."Morena sou, porém formosa, ó filhas de Jerusalém..."Cântico dos Cânticos 1,5
A devoção a Nossa Senhora da Regra é muito antiga, do século IV. A sua história, mesclada de lendas e tradições orais, teve origem na África; e a sua imagem pertence ao grupo dos ícones das "Nossas Senhoras Negras, ou Morenas", dos primeiros séculos. Mas esta se diferencia das demais porque tem o Menino Jesus em pé apoiado sobre sua perna esquerda, e não sentado.Segundo a tradição ela foi esculpida por Santo Agostinho. Enquanto escrevia, o que mais tarde seria a Regra da Ordem dos monges agostinianos, ele teria sonhado com a Virgem Maria. Por isto, em sua homenagem entalhou a imagem que vira num pedaço de cedro negro e a manteve sempre sobre a mesa de trabalho, em sua cela.Em 443, o norte da África foi invadido pelos bárbaros Vândalos e todos os cristãos tiveram de fugir. A maioria atravessou o mar Mediterrâneo em direção à Europa. Da diocese de Hipona escaparam São Cipriano, então apenas diácono, e alguns monges agostinianos que carregaram consigo aquela imagem original de Nossa Senhora da Regra. Eles desembarcaram na Espanha, na baia de Chipiona, onde construíram uma capela defronte ao mar para guardar a Imagem. Mais tarde, alí surgiu um mosteiro da Ordem, chamado da Regra.No século VIII novamente os monges tiveram de fugir, devido a invasão dos árabes muçulmanos, mas antes esconderam a imagem da Virgem da Regra não muito distante do mosteiro. Diz a tradição que ela só foi encontrada no século XIII por um cônego regular da Catedral de Leon, em Santiago de Compostela. Era a festa da Natividade de Maria e ele descansava embaixo de uma árvore quando a Santíssima Virgem lhe apareceu e disse onde estava oculta a sua imagem.Alguns historiadores indicam o dia 08 de setembro de 1608 como o da primeira procissão transportando a imagem de Nossa Senhora da Regra pela cidade de Chipiona. Enquanto em 1588, ocorreu a primeira peregrinação das mulheres de Chipiona, organizada pela duquesa de Medina Sidonia, para pedir a intercessão da Virgem da Regra pelo êxito dos seus maridos, que lutavam contra a temida Armada da Inglaterra.Em 1928, após sua restauração a imagem de Nossa Senhora da Regra recebeu da Infanta Dona Beatriz de Sabóia o manto de rainha. A procissão deste ano foi acompanhada por uma esquadrilha de aviões militares em honra da Santa Virgem. Eleita pelos espanhóis como a protetora das famílias, em 1954 foi celebrada a missa solene de sua coroação pelo representante da Santa Sé. Na ocasião o Santuário de Chipiona estava repleto com a presença dos nobres de várias casas reais européias, de autoridades civis e eclesiásticas da Espanha.Deste país os agostinianos propagaram sua veneração por todo mundo cristão. Hoje encontramos uma vigorosa devoção à Nossa Senhora da Regra em Cuba, Miami, México, Republica Dominicana, Filipinas, Bélgica e Paises Baixos

30.10.08

Nossa Senhora modelo de confiança


Com os olhos postados na Mãe de Deus, pratiquemos essa virtude, tão necessária nos dias caóticos em que vivemos

Por Valdis Grinsteins

Quadro de Nossa Senhora da Confiança


- Seminário Romano, Roma Poucos actos são tão difíceis de se praticar como a virtude da confiança. Pois con-fiar é ficar "cum fiducia", é permanecer firme na Esperança. Ou seja, terminadas as razões meramente naturais para esperarmos algo, mesmo assim continuar esperando, devido a uma convicção proveniente da Fé. Santo Tomás de Aquino assim a define: "A confiança é uma esperança fortalecida por sólida convicção" (Suma Teológica, II IIae, q. 129, art. 6, ad 3).Para o homem, vulnerado pelo pecado original, tornou-se especialmente difícil reconhecer sua dependência a outros, e, de modo especial, sua subordinação a Deus. O Criador, como um Pai amoroso, desejando corrigir nossa alma, permite que muitas vezes permaneçamos em situações de incapacidade para agir, que tornam patente um fato: pelas próprias forças, não sairemos de certos impasses.Acabadas as esperanças humanas, Deus nos indica a saída -- a única: acreditar na sua Omnipotência e infinita misericórdia e justiça, e permanecermos firme na Fé e inflexíveis na Esperança, portanto "confiantes".Mas não se esgota aí a bondade divina. Para ensinamento nosso, a História oferece exemplos luminosos de pessoas que ficaram totalmente desamparadas, e contra toda expectativa natural, foram socorridas e viram realizadas suas esperanças.De todos os exemplos que a História registra, certamente nenhum sensibiliza tanto uma alma católica quanto certos episódios da vida Santíssima de Nossa Senhora.O Matrimónio de Maria: confiança em meio a perplexidadesSegundo a Tradição, Nossa Senhora ainda muito jovem consagrou-se ao serviço de Deus no Templo de Jerusalém. Durante esse período de sua vida, faleceram seus pais, São Joaquim e Santa Ana. E nos primeiros anos de sua existência, a Virgem Santíssima ofereceu a Deus sua virgindade, pois, desta forma, ficava Ela livre de todo liame que A impedisse de se dedicar totalmente ao Criador.Certamente esperava Ela ficar servindo a Deus no Templo, pois, que lugar melhor do que esse para fazê-lo? Mas... então Deus a submete a uma dura prova.Sendo Ela órfã, foi confiada aos cuidados do Sumo Sacerdote do Templo. Atingindo os 14 anos de idade, este comunica-lhe que pretendia encontrar para Ela um esposo. Para Nossa Senhora foi uma surpresa! Mas como?! De um lado, era impossível que o próprio Deus não conhecesse seu voto de virgindade; de outro, não era crível que Deus não tivesse guiado os passos do Sumo Sacerdote, autoridade a quem Ela deveria obedecer. Se Ela contraísse matrimónio, como manter-se-ia o voto de virgindade? Caso Ela se recusasse a casar, como evitar a desobediência à autoridade posta por Deus para guiá-la? Além do mais, a virgindade entre os judeus, no Antigo Testamento, não era entendida como hoje, pois todas as israelitas contraíam matrimónio na esperança de se tornarem a mãe do Messias.Não conhecendo os desígnios do Criador a seu respeito, tal situação para a futura Mãe do Messias era de molde a causar perplexidade. E, sobretudo, foi a hora da confiança: Ela devia ter Fé em Deus, que proveria para que mantivesse seu voto de virgindade, mesmo dentro do matrimónio.Chegada a ocasião para se escolher o esposo, apresentaram-se vários candidatos. Uma outra pessoa estava presente, mas era por um motivo jurídico. Sendo Nossa Senhora órfã, estabelecia a lei que devia estar presente para aprovar o matrimónio o parente mais próximo da Virgem. Este era São José. Como também ele havia feito voto de virgindade, compareceu à cerimónia de escolha do marido apenas como testemunha.Os caminhos de Deus, porém, eram outros. Inspirado por Ele, o Sumo Sacerdote submeteu os candidatos a uma prova: aquele cujo bastão florescesse tornar-se-ia esposo de Maria. Para surpresa de São José sua vara foi a que floresceu, mesmo não sendo ele aspirante à mão daquela sua parenta. Mas diante do evidente sinal divino para que se casasse, São José aceitou desposar a Virgem Maria. Sendo também ele casto, para Nossa Senhora esclareceu-se então uma parte do enigma: sua virgindade não ficaria comprometida. Restava, contudo, outra perplexidade. Por que teria Deus desejado seu matrimónio, uma vez que tinha o desígnio de que permanecesse virgem? Não seria mais adequado não se casar? Mais uma vez confiou Nossa Senhora na Sabedoria e Omnipotência de Deus, cuja intenção tornou-se clara mediante a Anunciação do Arcanjo São Gabriel. A Ela caberia a altíssima vocação de ser a Mãe do Messias -- o Verbo Encarnado! --, que nasceria por obra do Espírito Santo, tendo por pai adoptivo aos olhos dos homens o casto São José.Morte do Redentor: prova supereminente para a confiança "Não me toque" - Fra Angélico, séc. XV, afresco, Museu de São Marcos, Florença (Itália). O fresco representa a cena do encontro de Santa Maria Madalena com o Redentor ressuscitado. Antes da Ressurreição, com excepção de Nossa Senhora, tanto os Apóstolos quanto os discípulos e as santas mulheres não acreditavam nesse grande milagre do Divino redentorOutro exemplo de confiança nos ofereceu a Santíssima Virgem em sua existência mortal.Durante os três anos de sua vida pública Nosso Senhor Jesus Cristo operou os maiores milagres, provando que era o Filho de Deus. Mas por um plano altíssimo do Criador -- a Redenção do género humano -- era necessário que Ele se entregasse como vítima, pois era o Cordeiro de Deus. Isso, que hoje é tão claro para qualquer católico, não o era naquela época. Pode-se imaginar a perplexidade dos homens fiéis de então: tendo visto tantas vezes o Redentor curar cegos, leprosos e até ressuscitar mortos, presenciá-lo entregar-se sem resistência às autoridades que tramavam sua morte. Não só se entregou, como proibiu São Pedro que O defendesse com a espada. Diante desse comportamento aparentemente inexplicável, débeis na Fé, os Apóstolos fugiram. Talvez alguns fiéis esperassem que, do alto da Cruz, o Salvador realizasse algum milagre portentoso que demonstrasse definitivamente sua divindade. Mas isso não ocorreu... e Ele morreu e foi sepultado.Os Evangelhos narram que após a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, os Apóstolos, os discípulos e as santas mulheres ainda não acreditavam na Ressurreição, apesar de Nosso Senhor a ter anunciado várias vezes.Maria Santíssima entretanto acreditava e confiava. Sua Esperança era invencível. Ela conservou a Fé e a Esperança nas promessas divinas, apesar de parecerem estas desmentidas pela mais evidente das constatações.Desde a hora em que Nosso Senhor expirou na Cruz, na Sexta-Feira Santa, até o domingo da Ressurreição, somente Nossa Senhora permaneceu inabalável em sua Fé na Divindade de Nosso Senhor e na Esperança da Ressurreição. Por conseguinte apenas Ela, com perfeição e heroísmo, conservou a virtude da Fé. Pois, como diz São Paulo, sem a crença na Ressurreição, nossa fé seria vã. Assim, durante o Sábado Santo, apenas Nossa Senhora, em toda a Terra, personificou a Fé da Igreja nascente.Maria: arca de esperança dos séculos futurosA esse respeito, é oportuno recordar aqui um comentário do Prof. Plínio Corrêa de Oliveira: "Como só Ela representou, nesta ocasião, a Fé, podemos dizer que se também Ela não tivesse crido, o mundo teria acabado. Porque o mundo não pode existir sem a Fé. A partir do momento em que não existisse mais Fé no mundo, a Providência acabava com o mundo. Devido à sua admirável Fé, Nossa Senhora sustentou o mundo, e só Ela deu continuidade às promessas evangélicas. Porque todas as promessas constantes nos Evangelhos, todas as promessas que figuram no Antigo Testamento de que o Messias reinaria sobre toda a Terra e seria o Rei da glória, o centro da História, todas essas promessas não se teriam cumprido se, em determinado momento, a virtude da Fé tivesse se extinguido. Se tal hipótese se concretizasse, o mundo teria que acabar. Nossa Senhora foi, portanto, a arca de esperança dos séculos futuros. Ela encerrou em Si, como numa semente, toda a grandeza que a Igreja haveria de desenvolver ao longo dos séculos, todas as virtudes que Ela haveria de semear, todas as promessas do Antigo Testamento e todas as acções praticadas na vigência do Novo Testamento. Tudo isto viveu dentro de uma só alma, a alma de Nossa Senhora."No domingo da Ressurreição, toda a confiança heróica que Ela tinha mantido viu-se recompensada. Ensinam vários teólogos que a primeira pessoa a ver Nosso Senhor ressuscitado foi a Santíssima Virgem, a quem Ele apareceu. Pode-se imaginar a felicidade da Mãe ao ver seu Filho resplandecente de glória, tendo cumprido de forma maravilhosamente heróica sua vocação de redimir o género humano."Tal foi o prémio da confiança: Ela viu antes dos outros o triunfo de Nosso Senhor."Nos dias de hoje, em que tantas aflições agitam os corações dos católicos fiéis, façamos como Nossa Senhora: Confiemos! O escritor francês Edmond Rostand, proferiu uma frase célebre: "É de noite que é belo acreditar na luz!Sirvam essas considerações para que jamais nossa confiança seja abalada, a exemplo da Mãe do Redentor da humanidade.

29.10.08

Como surgiu a oração do Santo Rosário




A oração do Santo Rosário surge aproximadamente no ano 800 à sombra dos mosteiros, como Saltério dos leigos. Dado que os monges rezavam os salmos (150), os leigos, que em sua maioria não sabiam ler, aprenderam a rezar 150 Pai nossos. Com o passar do tempo, se formaram outros três saltérios com 150 Ave Marias, 150 louvores em honra a Jesus e 150 louvores em honra a Maria.
No ano 1365 fez-se uma combinação dos quatro saltérios, dividindo as 150 Ave Marias em 15 dezenas e colocando um Pai nosso no início de cada uma delas. Em 1500 ficou estabelecido, para cada dezena a meditação de um episódio da vida de Jesus ou Maria, e assim surgiu o Rosário de quinze mistérios.
A palavra Rosário significa 'Coroa de Rosas'. A Virgem Maria revelou a muitas pessoas que cada vez que rezam uma Ave Maria lhe é entregue uma rosa e por cada Rosário completo lhe é entregue uma coroa de rosas. A rosa é a rainha das flores, sendo assim o Rosário a rosa de todas as devoções e, portanto, a mais importante.
O Santo Rosário é considerado a oração perfeita porque junto com ele está a majestosa história de nossa salvação. Com o rosário, meditamos os mistérios de gozo, de dor e de glória de Jesus e Maria. É uma oração simples, humilde como Maria. É uma oração que podemos fazer com ela, a Mãe de Deus. Com o Ave Maria a convidamos a rezar por nós. A Virgem sempre nos dá o que pedimos. Ela une sua oração à nossa. Portanto, esta é mais poderosa, porque Maria recebe o que ela pede, Jesus nunca diz não ao que sua mãe lhe pede. Em cada uma de suas aparições, nos convida a rezar o Rosário como uma arma poderosa contra o maligno, para nos trazer a verdadeira paz.
O Rosário é composto de dois elementos: oração mental e oração verbal.
No Santo Rosário a oração mental é a meditação sobre os principais mistérios ou episódios da vida, morte e glória de Jesus Cristo e de sua Santíssima Mãe.
A oração verbal consiste em recitar quinze dezenas (Rosário completo) ou cinco dezenas do Ave Maria, cada dezena iniciada por um Pai Nosso, enquanto meditamos sobre os mistério do Rosário.
A Santa Igreja recebeu o Rosário em sua forma atual em 1214 de uma forma milagrosa: quando a Virgem apareceu a Santo Domingo e o entregou como uma arma poderosa para a conversão dos hereges e outros pecadores daquele tempo. Desde então sua devoção se propagou rapidamente em todo o mundo com incríveis e milagrosos resultados

28.10.08

Nossa Senhora Desatadora dos Nós




Uma das invocações marianas mais em moda atualmente é a da Desatadora dos Nós. Teve início na Alemanha, em 1700, com o e de Maria Knotenlosserin (do alemão knot, "nó" e loser “desatar”. Naquela ocasião o presbítero da capela de Sr. Peter em Perlach, na cidade de Augsburgo, encomendou ao pintor Johann Schmitdner
um quadro de Nossa Senhora. 0 artista se inspirou na frase de Santo Irineu Bispo de Lyon no século II, que dizia: “Eva por sua desobediência, atou o nó da desgraça para o gênero humano; Maria, por sua obediência, o desatou.”

No painel encomendado, a Virgem aparece entre o céu e a terra. Sobre sua cabeça estão o Espírito Santo, sob a forma de pomba, e doze estrelas, representando os apóstolos. Rodeada de anjos, dois estão postados junto a ela,
um de cada lado. O da direita apresenta a Virgem uma fita cheia de nós e, o outro, à esquerda, recolhe a mesma fita já inteiramente lisa. No centro Maria está entretida em desentrelaçâ‑la. Sob seus pés aparece o quadrante da lua e uma serpente, símbolo do mal. A pintura tornou‑se objeto de culto na cidade de Augsburgo.

Esta invocação ficou famosa na Argentina no final dos anos 1990. Uma cópia do quadro foi levada para Buenos Aires em 1996 e colocada na igreja de São José do Parral. Dois mos depois, no dia 8 de dezembro, festa da Imaculada Conceição, mais de 70 mil pessoas visitaram o templo e foi necessário desviar o trânsito em varias quadras ao redor da igreja.
De lá, veio para o Brasil por volta de 2000 e se tornou a coqueluche religiosa do momento. Existem
orações â Desatadora dos Nós, entre elas a seguinte: Tu bem conheces o meu desespero a minha dor e o quanto estou amarado por tanta destes nós. Maria, mãe que Deus encarregou de desatar os nós da vida de seus filhos confio hoje a fita da minha vida em tuas mãos. Os pedidos à Mãe de Deus; vão desde a conquista de um emprego, ao pagamento de uma dívida, a reconciliação conjugal, até à cura do cancer (Karina Pastore, às revista Veja, de 12 de setembro de 2002).
O culto a Nossa Senhora Desatadora dos Nós se espalhou pelo Sudeste onde radialistas e apresentadores de televisão apregoam seus milagres. Milhares de medalhas e santinhos são colocados no mercado com símbolos e orações a Maria Desatadora dos Nós.
A ela foram dedicadas recentemente uma igreja em Campínas e outra em Armação em Búzios, onde os fieis colocam placas de agradecimento por graças alcançadas na saúde, no amor e nas finanças.Sua festa é comemorada em 15 de agosto.

27.10.08

A HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA MENINA







A imagem de Nossa Senhora Menina foi modelada em cera em 1735 pela Irmã Isabella Chiara Fornari(1697-1744), em Todi, Itália. Em 1738 essa imagem foi comprada pelo Bispo de Milão, Alberico Simonetta. Mais ou menos um ano após a sua morte a imagem foi para as irmãs capuchinhas do Monastério de Santa Maria dos Anjos. As freiras desse convento passaram então a venerar Nossa Senhora Menina porque elas se dedicavam à educação de jovens. Logo essas irmãs tornaram-se devotas fervorosas do mistério da Natividade de Maria.Durante a supressão das congregações religiosas (nos anos 1800) a imagem de Maria Menina ficou sob a custódia da irmã Bárbara Viazzoli, que foi a última freira capuchinha a guardar essa imagem. Logo depois de sua morte a imagem foi dada ao pároco da Igreja de São Marcos, Frei Luigi Bosisio, que, por sua vez, confiou a imagem à Madre Superiora Teresa Bosio das Irmãs de Caridade do Hospital Ciceri, em 1842. Em 24 de abril de 1876 a imagem de cera foi trazida para o lugar onde está até hoje, na Maternidade das Irmãs de Caridade, em Milão.Durante todo esse tempo a devoção a Nossa Senhora Menina ficou limitada às freiras e noviças daquela comunidade. A imagem era usualmente exposta no Noviciado e somente ia para a capela no dia da Natividade de Maria, dia 8 de Setembro e também durante as Oitavas (um período de oito dias que incluía o dia da festa seguido de mais sete dias). No entanto, o tempo e as festas deixaram marcas na imagem de cera. A face se tornou descolorida e amarelada, sem vida. A imagem foi então removida do Noviciado e passou a ser guardada numa grande cômoda. Todo ano alguém a retirava dali e a levava até a capela, mas somente no dia da Natividade de Maria e nas Oitavas.A partir de 9 de setembro de 1884 Nossa Senhora Menina começou a recompensar seus devotos. A Irmã Giuseppa Woinovich ficou entrevada e sentia dores terríveis devido à paralisia de seus braços e pernas. Em 8 de setembro ela implorou à Madre Superiora que trouxesse a imagem de Nossa Senhora Menina para a enfermaria para que ela pudesse passar a noite. Na manhã seguinte a Madre Superiora teve a idéia de levar a todas as outras doentes da enfermaria aquela velha e maltratada imagem para que todas pudessem venerá-la. Naquela enfermaria havia uma noviça muito devota chamada Giulia Macario, que não podia andar devido a uma grave doença. Fervorosamente ela tomou a imagem em seus braços e pediu a Maria Menina a graça de ter sua saúde de volta. Imediatamente ela foi curada.Após esse milagre a imagem foi guardada no quarto da Madre Superiora. Em 18 de outubro de 1884 vestiram a imagem de Maria Menina e a colocaram num lindo berço. Ela foi solenemente carregada e colocada entre dois candelabros, num quarto que ficou sendo sua capela provisória. Ali as Irmãs podiam parar para rezar assentadas no único banco que havia no aposento.Nos meses seguintes outras duas Irmãs foram miraculosamente curadas pela intercessão de Nossa Senhora Menina. Muitas graças e milagres aconteceram pela devoção de Maria Menina. Em 16 de janeiro de 1885 as Irmãs começaram a testemunhar uma incrível transformação. Daquela imagem de cera amarelada, cinzenta e sem vida começou a surgir cor e vivacidade e a imagem passou a ser tão linda quanto o rosto de um bebê.Em 8 de setembro de 1888 a Madre Superiora Clementina Lachman levou Maria Menina para sua nova capela. Em 31 de Maio de 1904 a imagem foi solenemente coroada pelo Cardeal Ferrari e em setembro de 1909 o Papa Pio X concedeu indulgência plenária para visitas às capelas das Irmãs de Caridade a todo dia 8 de setembro. Nos anos subseqüentes uma corrente de fraternidade em honra a Maria Menina e a “Liga da Inocência” foram criadas. Passou a ser costume dar de presente uma pequena imagem de Nossa Senhora Menina aos casais recém-casados. A devoção a Maria Menina se espalhou a partir de Milão para toda a Itália.Durante a segunda guerra mundial, em 24 de outubro de 1942 o convento foi atingido por bombas. Em fevereiro de 1942 levaram a imagem para um lugar seguro, na Via Maggianico. Durante os dias 15 e 16 de agosto de 1943, devido aos constantes bombardeios, o santuário e o convento ficaram em ruínas. No entanto, a destruição do santuário não deteve as freiras e as pessoas em Milão e foi feita a celebração da festa da Natividade de Nossa Senhora. Em 4 de setembro de 1945 Nossa Senhora Menina retornou a Milão. Depois do terceiro dia de celebração em sua honra ela foi provisoriamente instalada em uma capela próxima ao convento. Em 18 de novembro de 1953 ela foi levada ao novo santuário e, no dia 21 o novo santuário foi consagrado pelo Cardeal Schuster.A cada ano na festa da Natividade de Nossa Senhora as Irmãs tocam pequenos chumaços de algodão na imagem de Nossa Senhora Menina. Esses chumaços são distribuídos entre os devotos como relíquias

25.10.08

Nossa Senhora da Ripalta




08 de setembro (Festa Mariana)



"Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram" Jo 20, 29Cerignola é uma cidade do sul da Itália, situada na província de Puglia. A cerca de dez quilômetros ao sul de Cerignola existe o rio Ofanto, que alí, depois de um longo curso baixo e tranqüilo, se aprofunda entre duas margens altas e perigosas. Nesse lugar o poeta Horácio, fugindo da clamorosa decadência moral de Roma, costumava se refugiar junto ao amigo Alfio, para recompor as energias e tranqüilizar o espírito. Desses tempos pagãos do Império Romano, restaram poucos, mas, significativos traços, como a estrela da deusa Bona. Local que, depois a tradição cristã consagrou à Nossa Senhora da Ripalta, nome que significa "beira alta". A história sobre a aparição desse ícone milagroso foi transmitida às gerações sob duas versões. Uma diz que, por volta de 1172, um bando de malfeitores encontrou no vizinho bosque, próximo à beira do rio Ofanto, uma grossa tábua, que parecia ter sido esquecida por algum lenhador. Os bandidos a levaram para sua cabana e a usaram na cozinha para preparar o toucinho. Um dia quando o chefe do bando fazia essa operação, errou o golpe e o facão se fixou na madeira, da qual começou a sair sangue vivo. Apavorado, chamou os comparsas, que, além do sangue, embaixo da gordura viram aparecer a imagem da Mãe de Deus com o Menino, os dois com o rosto ferido. A outra versão conta que, nessa mesma época, a sagrada tábua foi encontrada por alguns lenhadores que pensaram fazer dela gravetos para queimar. No primeiro golpe dado, da tábua espirrou sangue fresco. Em seguida, teria surgido a imagem da Virgem Maria com o Menino Jesus, ambos com o rosto cortado. Foi assim que, no local, surgiu a capela de Nossa Senhora da Ripalta, hoje um Santuário Diocesano. A notícia do ícone milagroso se espalhou e começaram as primeiras romarias e peregrinações. Porém, a muito tempo as duas cidades vizinhas, Cerignola e Canosa, disputavam a posse desse lugar. Com a aparição da sagrada imagem a contenda ficou ainda mais acirrada. Para resolver de vez a questão, o pároco sugeriu que o povo pedisse a própria Santíssima Mãe para indicar a cidade. Então, o ícone foi colocado num carro puxado por bois e os animais ficaram livres para irem onde a Senhora os guiasse. Assim fizeram três vezes, e em todas o carro se dirigiu à Cerignola. Mas o povo de Cerignola quis que a cicatriz na imagem da Mãe de Deus e do seu Menino fosse coberta e restaurada. Porque, o quadro milagroso, símbolo religioso cristão, não poderia ficar marcado pelo espírito de violência e de opressão que, com freqüência, envergonham os relatos humanos. Até a metade o século XIX o culto à Virgem da Ripalta se desenvolvia quase sempre no interior da cidade, na pequena igreja erguida às margens altas do Ofanto. Para lá iam todos os habitantes de Cerignola, Canosa e de outras cidades vizinhas, no dia 08 de setembro, prestar as homenagens à Mãe de Deus, pelas graças e milagres alcançados. O culto se tornou tão vigoroso que, em 1859, o Papa Pio IX declarou Nossa Senhora da Ripalta, Padroeira Principal de Cerignola, fixando a data de sua celebração no dia em que a Igreja comemora o nascimento da Virgem Mãe de Deus. Desde então foi estabelecido que a preciosa imagem por seis meses, de outubro a abril, permaneceria na pequena igreja próxima do rio Ofanto, e nos outros seis meses ficaria na Catedral de Cerignola. A devoção à Nossa Senhora da Ripalta chegou ao Brasil no final do século XIX, trazida pelos imigrantes italianos de Cerignola e Canosa. Na capital de São Paulo, onde a maior parte se fixou no bairro do Bexiga, existe uma cópia da imagem dessa invocação, na igreja da Paróquia de Nossa Senhora de Achiropita

Nossa Senhora de Loreto (Oraçã)




Ó Maria, Virgem Imaculada e Mãe nossa Santíssima, prostados em espírito junto de vossa Santa Casa, que os Anjos transportaram sobre a ditosa colina de Loreto, cheios de confiança em vós Mãe Santíssima, humildemente elevamos a nossa prece:Entre aqueles santos muros vós fostes concebida sem pecado e mais bela que a Aurora viestes à luz; na oração e no amor o mais sublime, passastes os dias de vossa infância e juventude; aí fostes saudada pelo Anjo, Bendita entre as mulheres e vos tornastes Mãe de Deus; por tudo isso, ó Maria, vossos olhos misericordiosos a nós volvei, humildes filhos vossos, peregrinos neste vale de lágrimas e concedei-nos todas as graças que vos pedimos; abençoai nossas famílias, consolai nossos doentes, dirigi os nossos passos para a bem-aventurança eterna onde possamos vos saudar com o Anjo: Ave Maria!.Nossa Senhora de Loreto, rogai por nós.Amém.

20.10.08

Invocações a Maria




Para pedir-lhe o Perpetuo Socorro em todas as coisas



Ó Mãe do Perpetuo Socorro, o meu coração transborda de Confiança em Vós
Por causa do vosso nome. Eis-me aqui a vossos pés; venho expor-vos as necessidades de
minha vida e morte venho pedir o Vosso maternal socorro em todas as misérias
dignai-vos a escutar-me do alto do céu e atender-me, Ó minha Mãel
Em todas as minhas necessidades, aflições e misérias:
Vinde em meu socorro Ó Mãe carinhosa.
No momento perigoso das tentações, para que resista
Vinde em meu socorro Ó Mãe carinhosa
Quando tiver a desgraça de cair em pecado, para que me arrependa;
Se algumas dadeias me prenderem no serviço do demônio, para que as quebre;
Se for escravo de alguma paixão criminosa, para que dela triunfe;
Se tardar em converter-me, faça que apresse
Vinde em meu socorro Ó Mãe carinhosa
Se for filho pródigo, endurecido e imerso no vicio, para que volte ao Pai;
Se viver na tibieza para que Jesus não me rejeite;
Vinde em meu socorro Ó Mãe carinhosa
Se viver no sacrilegio para que me anime a confessar-me bem
Se me relaxar no vosso serviço para que me emende;
Vinde em meu socorro Ó Mãe carinhosa
Para que sempre me confesse confesse com sinceridade
Para que comungue sempre digna e fervorosamente
Para que conserve ou recupere a castidade
Para que adquira a humildade:
Vinde em meu socorro Ó Mãe carinhosa
Para que consiga amar a Deus dê todo o coração;
Para que pelo Pele amor de Deus me conforme
com tudo com a Sua santa vontade:
Em todos os meus atos, pensamentos e empresas
Para que cumpra fielmente os deveres do meu estado
Vinde em meu socorro Ó Mãe carinhosa
Quando a enfermidade afligir-me o carpo e abater-me a alma;
Vinde em meu socorro Ó Mãe carinhosa
Quando a dor e a tristeza se apoderarem de mim;
Se os homens me fizerem sofrer;
Se Deus me submeter ao tormento das penas interiores;
Vinde em meu socorro Ó Mãe carinhosa
Se a Providência me experimentar pela pobreza ou pelos reveses da fortuna;
Se encontrar em minha família motivos de aflição:
Se for humilhado, contrariada ou maltratado;
Vinde em meu socorro Ó Mãe carinhosa
Para alcançar a conversão e o alivio da, dos que me são caros;
Para procurar o livramento ás almas do purgatório:
Vinde em meu socorro Ó Mãe carinhosa
Para procurar na salvação dos pecadores;
Para obter a graça da perseverança final;
Vinde em meu socorro Ó Mãe carinhosa
Para nunca esquecer-me de pedir está graça;
Na minha ultima moléstia;
Vinde em meu socorro Ó Mãe carinhosa
Na vizinhança da morte;
Nas ultimas tentações que precederem e acompanharem a minha agonia;
Ao exalar o último suspiro;
Vinde em meu socorro Ó Mãe carinhosa
Quando comparecer diante do vosso Filho para ser julgado;
Para que vos ame, vos sirva e sempre vos invoque;
Para que ame a Jesus Cristo;
Vinde em meu socorro Ó Mãe carinhosa
Para que vos faça ser amada e servida de muitos.
Amada, louvada, invocada e eternamente bendita sejas,
Ó Virgem do Perpétuo Socorro, minha esperança, meu amor, minha mãe, refúgio meu e minha vida!


Assim seja

Hino a "Maria Desatadora dos Nós"







Auxílio dos Cristãos,Refúgio dos desamparados e aflitos,Filha dileta do Eterno Pai,Esposa amorosa do santo espírito,Mãe do verbo Encarnado:Esta noite venho diante de ti paraAgradecer as inúmeras graçasE benefícios que Deus me temConcedido por tua poderosa intercessão.Do nada me chamou à vida,E nasci em um lugar cristãoOnde aprendi a pronunciar teu doce nome.Me manténs na existênciaAté o dia de hoje e tenho conservado a fé.Tenho sentido que sou amado por DeusE perdoado um milhão de vezes.Tenho experimentado tua proteção e amparoE não duvido em chamar-teAdvogada e Mãe minha.Com que compararei semelhante graça?Todas as minhas palavras, todas as minhas ações,São poucas diante da magnitude da graça divina;Sejas tu minha representante diante de Deus;Nada melhor que tu para entender-me eApresentar minha eterna gratidão ao Autor de todoO bem, que te constituiu bendita entre todas asCriaturas do céu e da terra. Só à Deus seja a honraE a glória, pelos séculos dos séculos.



Ámen

19.10.08

Nossa Senhora de Coromoto


A Padroeira da Venezuela, cuja festa se comemora a 8 de setembro, revela especialmente a grandeza da bondade que vence toda ingratidão ao converter o empedernido cacique Coromoto
Por Valdis Grinsteins
Para o comum dos homens, parece muito difícil conciliar certas virtudes. Como combinar, por exemplo, a bondade e a severidade, ou a justiça e a clemência? A idéia que erroneamente alguns têm é a seguinte: se alguém é bondoso não gosta de ser severo, e deixa correr o marfim para não ter que castigar.
Ora, Nosso Senhor Jesus Cristo reúne em Si todas as virtudes. Logo, se Ele é ao mesmo tempo bondoso e severo, bondade e severidade não são contraditórias, existindo entre elas um equilíbrio que permite serem praticadas pela mesma pessoa.
Para melhor entender como podem coexistir numa mesma pessoa virtudes que parecem antagônicas consideremos a foto ao lado. É da imagem de Nossa Senhora de Coromoto, Padroeira da Venezuela.
A majestade expressa numa imagem…
À primeira vista impressiona o porte de Rainha de Nossa Senhora. Não apenas devido à coroa, mas sobretudo à postura ereta da imagem, que reflete a plena consciência que a Virgem Santíssima tem de ser a Rainha dos Anjos e dos homens. Ela tem o direito de ordenar e manda. Ela reflete como Rainha uma visão superior das coisas, pois sabe como estas se coordenam e como fazer para que tudo se ordene.
Por outro lado, é adequado que Nossa Senhora esteja sentada num trono, e que a Sede do Menino Jesus seja Sua própria Mãe, pois, assim, a mais perfeita das criaturas serve de trono ao Criador. Ela sustenta Seu Divino Filho como Rainha, mas também com a delicadeza de Mãe.
Tudo nesta imagem infunde respeito. Qualquer um que se aproxime dEla é colocado em seu devido lugar imediatamente. Por outro lado, na própria fisionomia da imagem transparece sua realeza. Os traços do rosto são finos, delicados, de grande majestade. Se esta é notória na imagem, o que dizer da bondade?
…mas também bondade de Rainha
A consonância entre majestade e bondade é superiormente explicada num comentário do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira a respeito da imagem: “Ela está com inteira solicitude para quem está diante dEla, e sendo Nossa Senhora tão superior, dá a impressão de que não nota — porque não quer notar — a extrema inferioridade de quem está na frente. Ela nem faz a comparação, e com isto eleva a pessoa à sua categoria. Ela não faz uma análise de quem está frente a Ela dizendo: ‘Você tem culpa’ ou ‘você é ruim’. Ela só faz uma pergunta: ‘O que você deseja? Você é meu filho e Eu tenho misericórdia. O que você deseja?’ É uma pergunta que, por causa do olhar e da pequena propensão da cabeça para frente, é dirigida de tal forma que dá a impressão de ser Ela toda atenção”.
Tal impressão de bondade é ressaltada quando tomamos conhecimento de tudo o que Nossa Senhora fez para converter o índio Coromoto, na Venezuela do século XVII.
“Catolicismo”, em sua edição de novembro/76, já apresentou a seus leitores a maravilhosa história das aparições da Virgem Santíssima àquele cacique indígena. Voltamos agora, no mês em que é celebrada a festa litúrgica da Padroeira da Venezuela, ao mesmo tema, embora sob nova focalização.
Desvelo maternal diante da rebeldia
O cacique Coromoto diante da nova aparição de Nossa Senhora, bradou: “Até quando hás de me perseguir?” No ano de 1652 o cacique dos índios Coromoto perambulava pelas montanhas da zona de Guanare, na Venezuela, quando uma formosíssima Senhora, sustentando em seus braços um radiante Menino, apareceu-lhe caminhando sobre as águas do rio daquela mesma denominação. A Mãe de Deus dirigiu-lhe a palavra na língua nativa dele, recomendando-lhe que fosse viver junto aos brancos para “poder receber água sobre a cabeça e assim poder ir ao Céu”.
Encantado pela milagrosa aparição, o cacique procurou os espanhóis que colonizavam aquela zona e mudou-se com toda sua tribo para morar no local indicado por eles. Ficou “encomendado” a um espanhol chamado Juan Sánchez, que recebeu o encargo de cuidar da tribo Coromoto e lhe ensinar as verdades da Fé católica.
No início tudo correu bem, pois ainda perduravam na alma do cacique Coromoto os efeitos da visão que tivera de Nossa Senhora. Vários índios foram batizados. Mas, para o cacique, logo veio a provação. Ele abandonou as lições de catecismo e começou a sentir saudades da vida desordenada que levara na selva. Não trabalhava, podia ir e vir a seu bel prazer, não precisava cumprir aqueles mandamentos aparentemente árduos que estabelecia a Religião católica. Ele cultuava seus deuses, quando e como bem entendia. Convertido à verdadeira Religião, devia dominar suas paixões, corrigir seu temperamento, acostumar-se ao trabalho metódico, assistir com regularidade aos atos de culto.
Em sua alma ia se formando uma tormenta instigada pelo demônio, que via escapar de seu domínio aquela alma que antes era sua escrava.
Na tarde do dia 8 de setembro de 1652, o cacique negou-se a assistir aos atos de devoção que Juan Sánchez preparara. Enfurecido, dirigiu-se ao seu bohio (choça), onde se encontrava sua mulher e a irmã desta, Isabel. Ao lado brincava um menino, filho de Isabel. Entrando de mau humor, foi recostar-se, já decidido a voltar à sua vida anterior, e arrastar com ele toda a tribo, que faria apostatar em massa.
Bondade materna vence dureza de coração
É neste momento de suprema revolta que Nossa Senhora aparece-lhe novamente, na porta de seu bohio, em meio a uma luz intensa. Qualquer pessoa, vendo a Mãe de Deus, extremamente linda, boa e maternal, tão disposta a perdoar, teria caído de joelhos e pedido perdão. Entretanto, não foi o que ocorreu com o indígena-cacique, pois o coração humano é capaz de durezas inimagináveis. Pensando que talvez Ela viesse queixar-se dele, o cacique Lhe diz: “Até quando hás de me perseguir? Podes voltar, pois não farei o que me mandas! Por ti deixei minhas terras e conveniências e aqui vim a trabalho!”
Horrorizada com a ingratidão e, ao mesmo tempo, admirada com a Mãe de Deus, a esposa do cacique chamou-lhe a atenção: “Não fales assim com a Bela Mulher, não tenhas mau coração!”
Tais palavras, contudo, enfureceram ainda mais o cacique, que decidiu então lançar uma flecha contra Nossa Senhora. Ao ir pegar seu arco diz: “Matando-te me deixarás!” Mas, neste momento de suprema rebeldia, Nossa Senhora demonstra seu carinho pelo filho revoltoso. Ela entra no bohio e coloca-se junto ao cacique, de tal modo que este não tinha sequer espaço para puxar o arco e disparar a flecha. Mesmo assim o cacique não se comoveu. Jogou arco e flecha no chão e lançou-se contra Nossa Senhora, tentando empurrá-La para fora do bohio. No momento de agarrar Nossa Senhora, Ela sorri e desaparece, deixando nas mãos do índio uma espécie de pedra ovalada, na qual está milagrosamente gravada a imagem da Mãe Deus sentada num trono, tendo o Divino Infante ao colo. É a relíquia que até hoje se venera na Basílica de Guanare, cidade à qual afluem peregrinos de todas as partes da Venezuela.
Na hora extrema, misericórdia sem limites
Depois de tentar em vão agarrar a visão da Mãe de Deus e do evanescimento desta, o cacique Coromoto percebeu em suas mãos a pedra ovalada, com um desenho da Rainha dos Céus e de Seu Divino Filho, que se vê acima
Nem mesmo essa visita de Nossa Senhora conseguiu apaziguar os maus instintos do cacique, que desejava voltar à sua vida selvagem e estava empedernido, ou seja, como uma pedra, nesta resolução. Assim é, por vezes, o coração humano: duro como pedra, impedindo a entrada da graça divina, que o salvaria! Mas… se tão empedernido estava o índio, ainda mais decidida era Nossa Senhora em sua misericórdia!
No dia seguinte ao da aparição, o cacique reuniu os membros de sua tribo e partiu com eles de volta aos montes. Não só abandonou a Fé católica, mas obrigou aos que dele dependiam a fazer o mesmo.
Pouco tempo haviam caminhado de regresso à selva, quando uma cobra muito venenosa picou o cacique Coromoto. Percebendo que morreria em pouco tempo e reconhecendo neste fato um castigo do Céu, por sua péssima conduta em face da Rainha dos Anjos e dos homens, o silvícola começou a arrepender-se. Rogou aos gritos o Batismo, pois sabia que sem “receber água na cabeça” não iria para o Céu, como lhe dissera a “Bela Mulher”. Mas, como conseguir quem o batizasse dentro de 15 a 20 minutos, naquela zona até hoje despovoada? Sua sorte eterna parecia selada! Rejeitou a misericórdia materna quando a tinha à mão! E agora…
Seria não conhecer a misericórdia de tal Mãe imaginar que, tendo Ela se empenhado tanto por uma alma tão ingrata, fosse agora abandoná-la por ressentimento… Pelo contrário, veio Ela em socorro do arrependido, e dispôs que, naquele momento, passasse pelo local um católico da cidade de Barinas. Este ministrou o Batismo, pois em caso de morte ou extrema necessidade qualquer pessoa pode ser ministro desse sacramento.
Nossa Senhora‚ Rainha e Mãe, havia disposto para que tudo corresse segundo a sua incomensurável misericórdia. E para o tão favorecido índio Coromoto melhor não poderia ser, pois é sabido que o Batismo apaga todos os pecados da vida passada. Assim faleceu ele, arrependido e ordenando aos membros de sua tribo que voltassem para junto dos brancos, a fim de conservar a verdadeira Fé católica. Morreu, e foi contemplar eternamente Aquela que o quis salvar apesar de inauditas recusas e ingratidões.
Basta esse exemplo para se compreender a aliança harmônica, na mesma pessoa, dessas duas virtudes que parecem antagônicas: majestade e misericórdia.

Nossa Senhora dos Navegantes (Oração)




Senhora dos Navegantes, sois ideal e estímulo para uma vida perseverante de amor a Deus e de bondade para com o próximo. Sois a “a mais alta realização do Evangelho e o modelo perfeito do cristão”. Sois cheia de graça e bendita entre as mulheres. Todas as gerações vos proclamam bem aventurada porque vos fizestes a serva do Senhor. Dai-nos sempre vontade decidida de melhor buscar, conhecer e seguir Cristo. Amém.

NOSSA SENHORA DA LUZ (História)


Nossa Senhora da Luz

(também invocada sob os nomes de Nossa Senhora da Candelária, Nossa Senhora das Candeias ou ainda Nossa Senhora da Purificação) é um dos muitos títulos pelos quais a Igreja Católica venera a Virgem Maria!A origem da devoção à Senhora da Luz tem os seus começos na festa da apresentação do Menino Jesus no Templo e da purificação de Nossa Senhora, quarenta dias após o seu nascimento (sendo celebrada, portanto, no dia 2 de Fevereiro). De acordo com a tradição mosaica, as parturientes, após darem à luz, ficavam impuras, devendo inibir-se de visitar ao Templo até quarenta dias após o parto; nessa data, deviam apresentar-se diante do sumo-sacerdote, a fim de apresentar o seu sacrifício (um cordeiro e duas pombas ou duas rolas) e assim purificar-se. Desta forma, José e Maria apresentaram-se diante de Simeão para cumprir o seu dever, e este, depois de lhes ter revelado maravilhas acerca do filho que ali lhe traziam, ter-lhes-ia dito: «Agora, Senhor, deixa partir o vosso servo em paz, conforme a Vossa Palavra. Pois os meus olhos viram a Vossa salvação que preparastes diante dos olhos das nações: Luz para aclarar os gentios, e glória de Israel, vosso povo» (Lucas, 2, 29-33).Com base na festa da Apresentação de Jesus / Purificação da Virgem, nasceu a festa de Nossa Senhora da Purificação; do cântico de São Simeão (conhecido pelas suas primeiras palavras em latim: o Nunc dimittis), que promete que Jesus será a luz que irá aclarar os gentios, nasce o culto em torno de Nossa Senhora da Luz/das Candeias/da Candelária, cujas festas eram geralmente celebradas com uma procissão de velas, a relembrar o facto.Nossa Senhora da Luz era tradicionalmente invocada pelos cegos (como afirma o Padre António Vieira no seu Sermão do Nascimento da Mãe de Deus: «Perguntai aos cegos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Luz [...]»), e tornou-se particularmente cultuada em Portugal a partir do início do século XV; segundo a tradição, deve-se a um português, Pedro Martins, muito devoto de Nossa Senhora, que descobriu uma imagem da Mãe de Deus por entre uma estranha luz, no sítio de Carnide, no termo de Lisboa. Aí se fundou de imediato um convento e igreja a ela dedicada, que conheceu grande incremento devido à acção mecenática da Infanta D. Maria, filha de D. Manuel I e sua terceira esposa, D. Leonor de Áustria.A partir daí, a devoção à Senhora da Luz cresceu... Em Albernoa a devoção a Nossa Senhora da Luz deve-se a construção de uma primeira igreja, anterior a esta existente na Aldeia, dedicada a Santa.

17.10.08

Nossa Senhora de Banneux - Virgem dos Pobres


(Liège, Bélgica –– 15 de janeiro de 1933)


Em sua mais recente obra Nobreza e elites tradicionais análogas nas alocuções de Pio XII ao Patriciado e à Nobreza romana, mostra o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira que a oportuna opção preferencial pelos pobres, recomendada pelo João Paulo 11, se compagina bem com uma simultânea opção preferencial pelos nobres. Nobres e pobres precisam de muito apoio hoje em dia, tendo em vista as provações especiais que eles enfrentam em nossa épocaAssim sendo, a atual resenha mariana é dedicada à Virgem dos Pobres, tal como Ela se autodenominou ao aparecer em Banneux, pequeno povoado pertencente à diocese de Liège, uma das mais célebres cidades da Bélgica.Queira Ela, a mais nobre das criaturas de Deus, nos inclinar a imitá-La em seu caridoso desvelo para com os pobres.Transcorria um rigoroso inverno na vila de Banneux, em 1933, seis anos antes da II Guerra Mundial. Domingo, 15 de janeiro, era mais um dia penoso na árdua vida de família de Julião Beco. Este estava subempregado, sua esposa padecia problemas de saúde, a moradia familiar era precária e pobre, além de ser numerosa a prole: oito filhos pequenos. Mas o pior é que a pobreza não era apenas material, mas também espiritual. O pai não praticava a Religião desde a época de sua Primeira Comunhão. A mãe, como frouxa formadora dos filhos, tinha-lhes ensinado sem fervor apenas algumas orações. O casal não se preocupava com o bom aproveitamento das crianças nas aulas de catecismo da paróquia'Apesar dessas circunstâncias adversas, a filha primogênita, Mariette, com doze anos então, era muito dedicada. Já sabia cuidar dos afazeres domésticos quando a mãe adoecia Tinha o senso de uma zelosa dona-de-casa: apreciava ordem, limpeza, economia. Na escola, apesar das numerosas mas involuntárias faltas, era aluna diligente. Seus cadernos atestavam bem sua aplicação. De boa índole, esforçava-se em animar a todos. Sabia degustar as alegrias simples e puras da vida que Deus concede. E dando este bom exemplo, edificava os outros.Naquele domingo, aproximadamente às 19 horas, Mariette olhava pela janela para ver se já estava de volta Julião, o irmão que lhe seguia em idade. Inesperadamente, no pobre jardinzinho, já bem escuro, começou ela a notar a presença de uma bela Dama luminosa.De início, Mariette duvidou. Não seria alguma ilusão causada pelos reflexos titubeantes de uma lâmpada de óleo que estava ali perto, dentro da casa? Afastou-a e certificou-se de que se tratava, na realidade, de uma Senhora que, sorridente, e de modo bondoso, dirigia-se a ela, aparentando desejar dizer-lhe algo com gestos afáveis.A menina exclamou então: "Mamãe! Mamãe! Venha! Parece que Nossa Senhora está no jardim!" A mãe, de outro cômodo da casa, mandou que a filha deixasse de bobagens e fosse dormir.A aparição, entretanto, continuava. A Senhora era de média estatura, com vestido e véu brancos, sendo que a alvura da veste era mais intensa. Esta fechava-se sob o queixo da Senhora, era lisa até a cintura e depois alargava-se até os pés, formando pregas harmoniosas. As pontas do largo cinto azul caíam-lhe diante do vestido. O véu cobria-lhe ombros e braços. As mãos estavam juntas, mas abaixadas. A Dama sorria com o olhar e os lábios, estando ligeiramente inclinada para seu lado esquerdo. Essa postura, característica da Virgem de Banneux, permitia que se visse o pé direito de Nossa Senhora, ornado com uma rosa de ouro. Apoiava-se ele sobre uma nuvem prateada, a uns três palmos do chão. Uma luz brilhante, opalescente, circundava a Virgem. E em tomo de sua cabeça notava-se uma auréola de raios de luz divergentes.Mariette, que de inicio tivera medo, tranqüilizou-se, tomou o terço e rezou seis dezenas. A Dama, com um gesto, chamou-a ao jardim. Mas a mãe da menina trancou a porta da casa à chave e desceu as persianas da janela. Antes de se retirar do recinto, Mariette rezou ainda uns dez minutos, espiando pela janela, levantando um pouco a persiana. Nessa ocasião, a Senhora já havia desaparecido.Além dessa, tiveram lugar mais sete aparições, todas um tanto misteriosas. Ao longo delas, Nossa Senhora pronunciou apenas poucas frases, além de comunicar um segredo particular a Mariette.Na terceira aparição, ao Lhe ser perguntado quem era, respondeu: "Eu sou a Virgem dos Pobres". E afirmou' que uma fonte natural de água, que havia ali junto, serviria para o bem de todas as nações, como também aos doentes.Nossa Senhora pediu que se construísse uma capela no local. Pelos frutos - isto é, pelos favores espargidos pela Mãe de Deus - pode-se conhecer a árvore: foram tantas as graças concedidas, que em pouco tempo foi necessário transformar a capela em santuário, devido ao afluxo de peregrinos e à falta de espaço para afixar ex-votos de agradecimento.Várias casas de congregações religiosas instalaram-se nas imediações do local das aparições para atender doentes.Por que colocar limites ao exercício da misericórdia de Nossa Senhora? Não satisfeita com a água milagrosa de Lourdes, certamente a Virgem Santíssima quis oferecer a seus fiéis devotos também a de Banneux.

Nª Srª da Consolação (Oração)


Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria da Consolação, do poder ilimitado que vos deu nosso divino Filho, Jesus, sobre o seu Coração adorável. Cheio de confiança na onipotência de vossa intercessão, venho implorar o vosso auxílio. Tendes em vossas mãos a fonte de todas as graças que brotam do Coração amabilíssimo de Jesus Cristo; abrí-a em meu favor; concedendo-me a graça que ardentemente vos peço. Não quero ser o único por vós rejeitado; sois minha Mãe; sois a soberana do Coração de vosso divino Filho. Atendei, pois, benignamente a minha súplica; volvei sobre mim vossos olhos misericordiosos e alcançai-me a graça... (pedido) que agora fevorosamente vos imploro.

Nª Srª da Penha (Oração)


(Aprovada pelo 1º. bispo do Espírito Santo, Dom João Nery, em 23 de abril de 1901).


Ó Maria Santíssima, Senhora da Penha, em cujas mãos depositou Deus todos os tesouros das sua graças, constituindo-vos amorosa e larguíssima dispensadora, a todos os que a vós recorrem com viva fé.
Eis-me cheio de esperança no vosso eficacíssimo patrocínio, solicitando, humildemente, vossa proteção e amparo.
Não negueis o vosso favor, ó cara Mãe, a este amoroso, embora indigno filho. Recordai-vos, ó Senhora da Penha, que nunca se ouviu dizer que algum dos que em vós tem depositado toda a sua esperança tenha ficado iludido.
Consolai-me pois, ó amorosíssima Senhora, com vossas graças que tão instantemente peço, a fim de continuar a honrar-vos na terra, com meu cordial reconhecimento até que possa, um dia, no céu, mais dignamente agradecer-vos todos os benefícios recebidos, nos séculos dos séculos. Assim seja.
Rezam-se três Ave-Marias.

Nossa Senhora de Lujan (Oração)



Padroeira da Argentina - (8 de maio)


Ó Virgem Santíssima de Lujan! A ti recorremos neste vale de lágrimas, atraídos pela fé e pelo amor que tu mesma infundistes em nosso coração. Ó Mãe querida! Alivia a nossa dor, consola as nossas angústias, dá-nos o pão material e o alimento espiritual para fortalecer o nosso corpo e a nossa alma. Faze com que não nos falte um emprego estável e uma justa remuneração. Elimina o ódio e o egoísmo do coração de todos os homens. Virgem Santíssima de Lujan! Ilumina o nosso caminho para que, unidos na paz e fraternidade, com todos os irmãos da terra, continuemos a marcha gloriosa para a casa do Pai. Abençoa, ó Mãe, a Argentina, cujos filhos cantam os teus louvores, agora e pelos séculos dos séculos. Amém. Nuestra Señora de Lujan, bendiz a los Argentinos y tambien a nosotros Todos!

Existem várias Nossas Senhoras?


Não existe nenhuma diferença quanto à Pessoa Venerada; trata-se sempre da mesma Virgem Maria, Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo que aparece na Bíblia.São apenas diferentes invocações ou títulos que lembram os lugares em que Ela apareceu, ou o modo como Ela se manifestou, ou algum privilégio de que Ela está adornada, ou finalmente algum aspecto especial pelo qual Ela deve ser venerada.Assim, dou alguns exemplos: Nossa Senhora de Fátima. Esta invocação surgiu a partir das aparições da Virgem em 1917 na Cova da Iria — periferia de Fátima em Portugal, onde Ela se manifestou a três pastorinhos, anunciando castigos para a humanidade se esta não se convertesse, mas que por fim seu Imaculado Coração triunfaria.Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Por que Aparecida? Porque uma imagem da Imaculada Conceição foi achada — “apareceu” — no Rio Paraíba, em São Paulo, há duzentos e oitenta anos atrás, numa pesca milagrosa, que deu início a uma série de prodígios e bênçãos para a Terra de Santa Cruz.Nossa Senhora da Imaculada Conceição — nesta invocação os fiéis exaltam o privilégio altíssimo dado por Deus a Nossa Senhora, o fato de ter sido Ela concebida sem pecado original, ou seja, a sua concepção foi sem mácula, sem a mancha do pecado de origem, cometido por nossos primeiros pais no Paraíso. Privilégio único.Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos — com esta invocação a Igreja incentiva todos os fiéis que estiverem aflitos a se voltarem com especial confiança para a Virgem Santíssima. É a Mãe e Senhora da Consolação!E, assim por diante, cada invocação de Nossa Senhora tem sua razão de ser, sua luz, seu perfume. Haja vista a Ladainha Lauretana, que é a Sua Ladainha…Aí está a explicação sobre as várias invocações a Nossa Senhora. E, para encerrar, como de Maria nunca é demais falar, cito as ardentes palavras de S. Luís Maria Grignion de Montfort em seu Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem: “Jesus Cristo deu mais glória a Deus, submetendo-se a Maria durante trinta anos, do que se tivesse convertido toda a terra pela realização dos mais estupendos milagres. Oh! quão altamente glorificamos a Deus, quando, para lhe agradar, nos submetemos a Maria, a exemplo de Jesus Cristo, nosso único modelo“.Se examinarmos atentamente o resto da vida de Jesus, veremos que foi por Maria que Ele quis começar seus milagres. Pela palavra de Maria Ele santificou São João no seio de Santa Isabel; assim que as palavras brotaram dos lábios de Maria, João ficou santificado, e foi este seu primeiro milagre na ordem da graça. Foi ao humilde pedido de Maria, que Ele, nas núpcias de Caná, mudou água em delicioso vinho, sendo este seu primeiro milagre em público, na ordem da natureza. Ele começou e continuou seus milagres por Maria, e por mediação de Maria continuará a operá-los até o fim dos séculos. É Ela a Medianeira de todas as Graças.Não existe nenhuma diferença quanto à Pessoa Venerada; trata-se sempre da mesma Virgem Maria, Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo que aparece na Bíblia.São apenas diferentes invocações ou títulos que lembram os lugares em que Ela apareceu, ou o modo como Ela se manifestou, ou algum privilégio de que Ela está adornada, ou finalmente algum aspecto especial pelo qual Ela deve ser venerada.Assim, dou alguns exemplos: Nossa Senhora de Fátima. Esta invocação surgiu a partir das aparições da Virgem em 1917 na Cova da Iria — periferia de Fátima em Portugal, onde Ela se manifestou a três pastorinhos, anunciando castigos para a humanidade se esta não se convertesse, mas que por fim seu Imaculado Coração triunfaria.Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Por que Aparecida? Porque uma imagem da Imaculada Conceição foi achada — “apareceu” — no Rio Paraíba, em São Paulo, há duzentos e oitenta anos atrás, numa pesca milagrosa, que deu início a uma série de prodígios e bênçãos para a Terra de Santa Cruz.Nossa Senhora da Imaculada Conceição — nesta invocação os fiéis exaltam o privilégio altíssimo dado por Deus a Nossa Senhora, o fato de ter sido Ela concebida sem pecado original, ou seja, a sua concepção foi sem mácula, sem a mancha do pecado de origem, cometido por nossos primeiros pais no Paraíso. Privilégio único.Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos — com esta invocação a Igreja incentiva todos os fiéis que estiverem aflitos a se voltarem com especial confiança para a Virgem Santíssima. É a Mãe e Senhora da Consolação!E, assim por diante, cada invocação de Nossa Senhora tem sua razão de ser, sua luz, seu perfume. Haja vista a Ladainha Lauretana, que é a Sua Ladainha…Aí está uma das explicações sobre as várias invocações a Nossa Senhora. E, para encerrar, como de Maria nunca é demais falar, cito as ardentes palavras de S. Luís Maria Grignion de Montfort em seu Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem: “Jesus Cristo deu mais glória a Deus, submetendo-se a Maria durante trinta anos, do que se tivesse convertido toda a terra pela realização dos mais estupendos milagres. Oh! quão altamente glorificamos a Deus, quando, para lhe agradar, nos submetemos a Maria, a exemplo de Jesus Cristo, nosso único modelo“.Se examinarmos atentamente o resto da vida de Jesus, veremos que foi por Maria que Ele quis começar seus milagres. Pela palavra de Maria Ele santificou São João no seio de Santa Isabel; assim que as palavras brotaram dos lábios de Maria, João ficou santificado, e foi este seu primeiro milagre na ordem da graça. Foi ao humilde pedido de Maria, que Ele, nas núpcias de Caná, mudou água em delicioso vinho, sendo este seu primeiro milagre em público, na ordem da natureza. Ele começou e continuou seus milagres por Maria, e por mediação de Maria continuará a operá-los até o fim dos séculos. É Ela a Medianeira de todas as Graças.

16.10.08

Nossa Senhora do Santo Cordão de Valenciennes


A Santa Virgem bem pode mostrar-se a muitos de seus filhos, assim como deixar um sinal da sua presença. Por que não há aparições mais freqüentes da Virgem Santíssima nos dias de hoje?
Muitas vezes as pessoas se deixam levar pelas impressões e não aprofundam o estudo dos problemas, especialmente em assuntos religiosos. Isso se deu com um amigo meu. Ele chegou à conclusão de que, quando a Virgem aparece, é sempre a uma só pessoa, no máximo duas ou três. E de preferência a mulheres.
Motivo? Ele conhece apenas as aparições de Fátima (a três pastorinhos), Lourdes (a Santa Bernardette Soubirous) e a da Medalha Milagrosa (a Santa Catarina Labouré). Como nessas aparições os videntes são poucos, concluiu que sempre é assim. Como quatro dos cinco videntes são mulheres, daí lhe veio a conclusão correspondente.
Ora, se nos dedicarmos um pouco a esse estudo, veremos que essas conclusões não têm fundamento.
Dois estudiosos de aparições marianas, Michael Carroll e Yves Chiron, têm estudado o tema com base em documentos, e de forma científica. Ambos chegaram a conclusões semelhantes: a maioria das aparições tem como videntes pessoas do sexo masculino - 58%, sendo 42% para pessoas do sexo feminino.(1)
Quanto ao número de videntes, o assunto é muito mais complicado, pois há de tudo, literalmente. Há aparições em que duas pessoas estão presentes, mas só uma vê a Virgem. Em outras, como as de Fátima, um vê, ouve e fala (Lúcia); outro só vê e ouve (Jacinta); e outro apenas vê (Francisco).
Há numerosas aparições em que o beneficiário é uma só pessoa. Mas em outras elas são tantas, que ninguém as contou. Há até o caso de uma cidade inteira, o de Nossa Senhora de Valenciennes, que passo a narrar.
Uma peste e uma aparição na Idade MédiaCom os progressos da medicina moderna, não temos idéia do pavor que despertava antigamente a palavra peste. O conhecimento do que são as bactérias causadoras da peste, como se propagam e como podem ser combatidas era praticamente nulo, e saber que a peste começou numa cidade era de apavorar.
No ano de 1008, na cidade de Valenciennes, norte da França, o pavor tinha razão de ser, pois em poucos dias morreram cerca de 8.000 pessoas!
Saber que a morte está por perto, sempre torna as pessoas mais religiosas. Além disso, na França, as pessoas dessa época eram real e sinceramente religiosas. Por isso nada estranha que elas se tenham voltado ao Céu para pedir que as protegesse da peste mortal.
Havia perto da cidade um eremita(2) de nome Bertelain, o qual também pediu à Virgem proteção para os habitantes. Nossa Senhora apareceu-lhe, e disse que faria um grande milagre visível para todos, na noite de 7 de setembro. O eremita percorreu a cidade, contando o fato, e na data marcada a população encheu as muralhas, torres e lugares mais elevados.
Nessa noite, efetivamente, no meio de uma grande luz bem visível para todos os habitantes, Nossa Senhora caminhou em redor da cidade, deixando cair no trajeto uma fita vermelha. Não se pense que foi coisa de um instante, ou que Nossa Senhora percorreu poucos metros.
Foram nada menos que 14 quilômetros, e a cidade inteira assistiu ao fato. A ponto de, ao contrário de outras aparições, nas quais as fontes históricas são poucas, todas as crônicas da cidade e da época falam do ocorrido, como sendo de notoriedade pública. Mais ainda, a fita se guardou num relicário na cidade durante muitos séculos, até que durante a Revolução Francesa foi queimada!
Pois os revolucionários não querem saber de provas: com elas ou sem elas, seu ódio é igual contra Deus, a Virgem e a verdadeira Igreja.
A procissão e o milagre do Santo CordãoNossa Senhora fez saber ao eremita o significado dessa fita: Ela queria que no dia seguinte, festa de sua Natividade, fosse feita uma procissão seguindo o percurso da fita, e com isso acabaria a peste. E se a procissão fosse repetida a cada ano, Ela protegeria a cidade de outras pestes semelhantes.
No dia seguinte, efetivamente, a procissão foi realizada por toda a população da cidade, e a peste cessou. Até o dia de hoje se faz a procissão, conduzindo uma imagem representando Nossa Senhora que deixa cair uma fita.
Faz parte da procissão uma confraria medieval chamada Raiados de Nossa Senhora do Santo Cordão. Essa denominação é devida ao fato de que seu traje (raiado) tem listas azuis e brancas.
Qual era a população da cidade na época? Pergunta nada fácil de responder, dado que não havia os censos regulares de hoje. Há algum tempo a população está estabilizada em torno de 40.000 habitantes. Mas é difícil calcular quantos eram no século XI.
Em todo caso, para levantar uma cifra, suponhamos que a peste tenha matado metade da população. Isso faria com que ainda houvesse 8.000 pessoas vivas para ver a Virgem. É muita gente!
2008 celebração milenar desta procissãoEssa Procissão é repetida todo ano na cidade de Valenciennes. Mais uma tradição católica que se perpetua nos tempos e cuja origem nem todos conhecem. Ela acontece no segundo domingo de setembro (em comemoração do 8 de setembro, festa da Natividade de Nossa Senhora).
Em 2008 cumprem-se mil anos desde o inicio desta tradição, e serão feitas festividades em comemoração do milenio com uma procissão-peregrinação com a Imagem de Nossa Senhora dos dias 5 a 22 de agosto desde Valenciennes até Lourdes!. Além do que haverá um ano completo de celebrações e festividades para rememorar esta tradição milenar.

Nossa Senhora das Lágrimas (Oração)


Eis-nos aos Vossos pés, ó dulcíssimo Jesus Crucificado, para Vos oferecer as Lágrimas d'Aquela que, com tanto amor, Vos acompanhou no caminho doloroso do calvário. Fazei, ó bom Mestre, que nós saibamos aproveitar a lição que elas nos dão para que, realizando a Vossa Santíssima Vontade na terra, possamos um dia, nos céus, Vos louvar por toda a eternidade. Amém

Nossa Senhora do Caravaggio (Oração)


Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que jamais se tem ouvido que deixásseis de socorrer e de consolar a quem vos invocou implorando a vossa proteção e assistência; assim, pois, animado com igual confiança, como a mãe amantíssima, ó Virgem das virgens, a vós recorro; de vós me valho, gemendo sob o peso de meus pecados, humildemente me prostro a vossos pés. Não rejeiteis as minhas súplicas, ó Virgem do Caravaggio, mas dignai-nos ouvi-las propícia e alcançar-me a graça que vos peço. Amém

15.10.08

Nª Srª de Avioth




A fé pode mover montanhas, e Nossa Senhora não fica alheia aos esforços das pessoas cheias de fé. É o que nos mostra a história desta devoção mariana na França
O contraste não poderia ser mais notório: uma igreja enorme, para uma cidadezinha muito pequena. Os 125 habitantes de Avioth, vila francesa a poucos quilômetros da fronteira com a Bélgica, podem entrar todos juntos na igreja e ainda sobra muito, mas muito espaço mesmo.A primeira pergunta que ocorre ao espírito é se a cidadezinha já foi bem maior e, sei lá por que motivos, hoje mora pouca gente no local. Mas não é isso. A resposta está ligada à história da imagem de Nossa Senhora de Avioth.
No ano de 1100 os lavradores descobriram uma imagem num matagal de espinhos, no local chamado “d’avyo”, que com o tempo se transformou em Avioth.
Passada a surpresa, decidiram levá-la à igreja de Saint Brice, a dois quilômetros dali. Mas na manhã seguinte a imagem tinha voltado ao exato local de onde a tinham tirado.
Resultado: decidiram deixá-la no lugar e venerá-la ali mesmo. Análises mostram que a imagem foi esculpida em madeira, antiga de uns 900 anos. Nossa Senhora tem um cetro na mão e segura o Menino Jesus.
Uma devoção que se expande a toda a Igreja e que nasceu de um peregrino; São Bernardo de ClaravalHouve vários milagres no início, e as peregrinações começaram a afluir em número crescente. Talvez o peregrino mais célebre tenha sido São Bernardo de Claraval, fundador dos monges cistercienses e pregador da II cruzada contra os muçulmanos. Quando esteve em Avioth, decidiu que na sua ordem fosse sempre rezada a Salve Rainha após a missa, costume que depois se estendeu a toda a Igreja.
Graças às peregrinações, pessoas foram se instalando no local, e a partir de 1180 Avioth já era um povoado. Com as peregrinações, veio o desejo de se construir uma igreja digna da Santíssima Virgem. A capela original foi erguida no século XII, e a enorme igreja entre os séculos XIII e XIV, sendo que o auge das peregrinações se deu no início do século XV.
Hoje, alguns perguntariam por que construir algo tão grande. Mas, para os habitantes do local e os peregrinos da época, essa pergunta não se punha. Eram pessoas de fé ardente, e nada lhes parecia demasiado grande para Nossa Senhora.
Meninos mortos sem batismoAlém disso, o número dos peregrinos era enorme, devido a uma particularidade da devoção.
A imagem era conhecida inicialmente como padroeira das causas desesperadas. Por isso iam lá pessoas seriamente doentes, de modo especial as contaminadas com lepra, doença incurável na época, e que exigia completa separação do resto da sociedade para evitar o contágio.
Igualmente conduziam-se para lá doentes mentais, que eram deixados numa sala ao lado da imagem, para que esta os tranqüilizasse.
Mas o motivo principal das peregrinações era levar lá os corpos das crianças que tinham morrido sem receber o batismo. Ensina a doutrina católica que o Céu, fechado para nós devido ao pecado de Adão, tornou-se aberto pelos méritos infinitos da Paixão de Nosso Senhor. As pessoas que recebem o batismo e morrem em estado de graça vão para o Céu.
Ora, as crianças que morrem numa idade tão tenra não podem ter cometido pecado, por isso basta que sejam batizadas para ir ao Céu. Mas para ser batizada é preciso que a criança esteja viva - geralmente se considera o prazo de umas duas horas para a alma abandonar o corpo.
Mas se a criança morresse sem que alguém a batizasse? Nada pior para os pais, já que o morto, além de ter perdido a vida terrena, poderia perder a vida eterna no Céu e ser conduzida ao Limbo!
Por isso os pais vinham de até 60 km ao redor de Avioth, trazendo os corpos dos pequenos mortos, que deixavam aos pés da imagem durante uma hora. Durante esse tempo, rezavam e esperavam algum sinal de vida.
Este sinal poderia ser um pouco de suor, efusão de sangue, algum calor corporal, movimento de veias ou de membros, um pouco de vermelhidão, etc. Dando-se isto, considerava-se que havia vida, por menos intensa que fosse, e o sacerdote podia batizar o falecido, o qual assim ganharia o Céu de forma segura.
Durante o século XVII, eram batizadas desta forma umas 12 crianças por ano. O objetivo desta devoção não era pedir a Nossa Senhora a ressurreição, mas um pequeno intervalo de vida suficiente para o morto poder ser batizado. Depois, pouco antes da Revolução Francesa, esta prática foi proibida.
“Ladrões” piedosos…Na história da imagem existe um episódio realmente pitoresco. Corria o ano de 1905, e na França tinha sido aprovada uma lei anti-religiosa, pela qual os bens da Igreja passavam a ser propriedade da nação. Com isso, iam oficiais a todas as igrejas e catalogavam os objetos nelas contidos, podendo depois permitir o uso (não a propriedade) deles pelos católicos.
O pároco local, padre Soyez, e uns piedosos vizinhos decidiram que a imagem não seria catalogada no inventário de objetos presentes na igreja, e imaginaram um simulacro de roubo.
Uma noite os “ladrões” entraram na igreja e levaram só a imagem. Deixaram no local a roupa, a coroa e o cetro, objetos de valor material, tudo em perfeita ordem. Definitivamente, eram “ladrões” piedosos… Claro que a polícia dos revolucionários suspeitou que o roubo não havia sido praticado com o fim de obter dinheiro.A imagem foi deixada numa casa de família, onde só seus quatro habitantes e o padre tinham conhecimento do fato. A polícia realizou algumas buscas, mas sem conseguir encontrá-la. Certo dia, passando com alguns senhores das redondezas diante dessa casa, o padre Soyez cometeu a imprudência de dizer: “saudemos a Virgem de Avioth”.
Obviamente, os outros desconfiaram que ela estava na casa diante da qual passavam, mas nada disseram. Quando se acalmou a perseguição religiosa, a imagem voltou em procissão para a igreja.Uma história menos edificante aconteceu quando os alemães ocuparam o local durante a Primeira Guerra Mundial. Algum oficial anti-religioso decidiu transformar a basílica em cavalariça! Pregaram nas paredes ferros para amarrar os cavalos.
Esses ferros foram deixados até hoje, para fazer constar a barbárie dos que não têm religião.Em 1934 a Virgem foi coroada solenemente, e todos os anos a procissão da imagem se realiza a 16 de julho.
A Salve Rainha passa a rezar-se em toda a Igreja após a Missa a partir desta devoção medieval
Salve Rainha, Mãe de Misericórdia,vida e doçura esperança nossa, salve!A Vós bradamos os degredados filhos de Eva.A Vós suspiramos gemendo e chorando neste vale de lágrimas.Eia pois, advogada nossa.Esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei,e depois deste desterro nos mostrai Jesus,bendito fruto em vosso ventre,ó clemente, ó piedosa, ó doce e sempre Virgem Maria.Rogai por nós Santa mãe de Deus,Para que sejamos dignos de alcançar as promessas de CristoAmém

Nª Srª Auxiliadora






A DEVOÇÃO A MARIA AUXILIADORA


A devoção a Nossa Senhora Auxiliadora, tem seu começo em datas muito remotas, nascida no coração de pessoas piedosas que espalharam ao seu redor a devoção mariana. Assim a Mãe de Deus foi sempre conhecida como condutora da felicidade de todo ser humano. E Maria, sempre esteve junto ao povo, sobretudo do povo simples que não sofre as complicações que contornam e desfazem, muitas vezes, a vida humana, mas que é levado pelas emoções e certezas apontadas pela simplicidade do coração.

Em 1476, o Papa Sisto IV deu o nome de “Nossa Senhora do Bom Auxílio” a uma imagem do século XIV-XV, que havia sido colocada em uma Capelinha, onde ele se refugiou, surpreendido durante o caminho, com um perigoso temporal. A imagem tem um aspecto muito sereno, e o símbolo do ‘auxílio’ é representado pela meiguice do Menino segurando o manto da Mãe.

Com o correr dos anos, entre 1612 e 1620, a devoção mariana cresceu, graças aos Barnabitas, em torno de uma pequena tela de autoria de Scipione Pulzone, representando aspectos de doçura, de abandono confiante, de segurança entre o Menino e sua santa Mãe. A imagem ficou conhecida como “Mãe da Divina Providência”. Esta imagem tornou-se como que meta para as peregrinações de muitos devotos e também para muitos Papas e até mesmo para João Paulo II. Devido ao movimento cristão em busca dos favores e bênçãos de Nossa Senhora e de seu Filho, o Papa Gregório XVI, em 1837, deu-lhe o nome de “AUXILIADORA DOS CRISTÃOS”. O Papa Pio IX, há pouco tempo eleito, também se inscreveu no movimento e diante desta bela imagem, ele celebrou a Missa de agradecimento pela sua volta do exílio de Gaeta.
Mais tarde também foi criada a ‘Pia União de Maria Auxiliadora’, com raízes em um bonito quadro alemão.

E chega o ano de 1815: Nasce aquele que será o grande admirador, grande filho, grande devoto da Mãe de Deus e propagador da devoção a Maria Auxiliadora, o Santo dos jovens: SÃO JOÃO BOSCO. Neste ano era também celebrado o Congresso de Viena e foi a época em que, com a queda do Império Napoleônico, começa a Reestruturação Européia com restabelecimento dos reinos nacionais e das suas monarquias dinásticas

Em 1817, o Papa Pio VII benzeu uma tela de Santa Maria e conferiu-lhe o título de “MARIA AUXILIUM CHRISTIANORUM”.
Os anos foram se sucedendo e o rei Carlo Alberto, foi a cabeça do movimento em prol da unificação da Itália, e ao mesmo tempo, os atritos entre Igreja e Estado, deram lugar a uma forte sensibilização política, com atitudes suspeitas para com a Igreja. E como não podia deixar de ser, Dom Bosco, lutador e defensor insigne da Igreja de Cristo, ficou sendo mira forte do governo e foi até obrigado a fugir de alguns atentados. Sim, tinha de fato inimigos que não viam bem sua postura positiva a favor da Igreja e nem tão pouco a emancipação da classe pobre, defendida tenazmente pelo Santo.
Pio IX, então cabeça da Igreja, manifestou-se logo a favor de uma devoção pessoal para com a Auxiliadora e quando este sofrido Pontífice esteve no exílio, o nosso Santo lhe enviou 35 francos, recolhidos entre seus jovens do oratório. O Papa ficou profundamente comovido com esta atitude e conservou uma grande lembrança deste gesto de afeto de D.Bosco e da generosidade dos rapazes pobres.
E continuam muitas lutas políticas, desavenças, lutas e rixas entre Igreja e Estado. Mas a 24 de maio, em Roma, o Papa Pio IX preside uma grandiosa celebração em honra de Maria Auxiliadora, na Igreja de Santa Maria. E em 1862, houve uma grandiosa organização especificamente para obter da Auxiliadora, a proteção para o Papa diante das perseguições políticas que ferviam cada vez mais, em detrimento para a Igreja de Jesus Cristo.
Nestes momentos particularmente críticos, entre 1860-1862 para a Igreja, vemos que D.Bosco toma uma opção definitiva pela AUXILIADORA, título este que ele decide concentrar a devoção mariana por ele oferecida ao povo. E justamente em 1862, ele tem o “Sonho das Duas Colunas” e no ano seguinte seus primeiros acenos para a construção do célebre e grandioso Santuário de Maria Auxiliadora. E esta devoção à Mãe de Deus, desde então se expandiu imediata e amplamente.

Dom Bosco ensinou aos membros da família Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a invocação de Maria como título de Auxiliadora teve um impulso enorme com Dom Bosco. Ficou tão conhecido o amor do Santo pela Virgem Auxiliadora a ponto de Ela ser conhecida também como a "Virgem de Dom Bosco".
Escreveu o santo: “A festa de Maria Auxiliadora deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia no Paraíso".

As Quinze Promessas da Virgem Maria




As Quinze Promessas da Virgem Maria aos que rezarem o Rosário
1. Aqueles que rezarem com enorme fé o Rosário receberão graças especiais.
2. Prometo minha proteção e as maiores graças aos que rezarem o Rosário.
3. O Rosário é uma arma poderosa para não ir ao inferno: destrói os vícios, diminui os pecados e nos defende das heresias.
4. Receberá a virtude e as boas obras abundarão, receberá a piedade de Deus para as almas, resgatará os corações das pessoas de seu amor terreno e vaidades, e os elevará em seu desejo pelas coisas eternas. As almas se santificarão por meio do Rosário.
5. A alma que se encomendar a mim no Rosário não perecerá.
6. Quem rezar o Rosário devotamente, e tiver os mistérios como testemunho de vida, não conhecerá a desgraça. Deus não o castigará em sua justiça, não terá uma morte violenta, e se for justo, permanecerá na graça de Deus, e terá a recompensa da vida eterna.
7. Aquele que for verdadeiro devoto do Rosário não perecerá sem os Sagrados Sacramentos.
8. Aqueles que rezarem com muita fé o Santo Rosário em vida e na hora de sua morte encontrarão a luz de Deus e a plenitude de sua graça, na hora da morte participarão do paraíso pelos méritos dos Santos.
9. Livrarei do purgatório àqueles que rezarem o Rosário devotamente.
10. As crianças devotas ao Rosário merecerão um alto grau de Glória no céu.
11. Obterão tudo o que me pedirem mediante o Rosário.
12. Aqueles que propagarem meu Rosário serão assistidos por mim em suas necessidades.
13. Meu filho concedeu-me que todo aqueles que se encomendar a mim ao rezar o Rosário terá como intercessores toda a corte celestial em vida e na hora da morte.
14. São meus filhinhos aqueles que recitam o Rosário, e irmãos e irmãs de meu único filho, Jesus Cristo.
15. A devoção a meu Rosário é um grande sinal de profecia.

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Religioso-5759